quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

                            Papa revela a cada quanto tempo se confessa
                 Um Católico de verdade defende sua Santa Mãe Igreja, e não tem medo de defende-la.
Aprendendo um pouco mais sobre a Liturgia e suas Normas:

A Instrução Geral do Missal Romano no número 160:

“O sacerdote pega depois na patena ou na píxide e aproxima-se dos comungantes, que habitualmente se aproximam em procissão. Não é permitido que os próprios fiéis tomem, por si mesmos, o pão consagrado nem o cálice sagrado, e menos ainda que o passem entre si, de mão em mão. (…) "

104: “Não se permita ao comungante molhar por si mesmo a hóstia no cálice, nem receber na mão a hóstia molhada".

O Concílio de Trento também é bastante claro ao dizer que:

"Na recepção sacramental foi sempre costume na Igreja de Deus que os leigos recebessem a comunhão dos sacerdotes e que os sacerdotes celebrantes comungassem por si mesmos, um costume que, provindo de tradição apostólica, se deve com razão e direito conservar." (DH 1648)

Redemptionis Sacramentum:
2. A distribuição da Sagrada Comunhão


[90.] «Os fiéis comunguem de joelhos ou de pé, de acordo com o que estabelece a Conferência de Bispos», com a confirmação da Sé apostólica.

(NOTA do Blog: Vemos aqui que um Bispo para proibir a sagrada Comunhão de Joelhos ou de pé, precisa ter aprovação da Santa Sé)!

[92.] Todo fiel tem sempre direito a escolher se deseja receber a sagrada Comunhão na boca[178] ou se, o que vai comungar, quer receber na mão o Sacramento. Nos lugares aonde Conferência de Bispos o haja permitido, com a confirmação da Sé apostólica, deve-se lhe administrar a sagrada hóstia. Sem dúvida, ponha-se especial cuidado em que o comungante consuma imediatamente a hóstia, na frente do ministro, e ninguém se desloque (retorne) tendo na mão as espécies eucarísticas. Se existe perigo de profanação, não se distribua aos fiéis a Comunhão na mão.[179]

[91.] ... Por conseguinte, qualquer batizado católico, a quem o direito não o proíba, deve ser admitido à sagrada Comunhão. Assim pois, não é lícito negar a sagrada Comunhão a um fiel, por exemplo, só pelo fato de querer receber a Eucaristia ajoelhado ou de pé.

[94.] Não está permitido que os fiéis tomem a hóstia consagrada nem o cálice sagrado «por si mesmos, nem muito menos que se passem entre si de mão em mão».[181] Nesta matéria, Além disso, deve-se suprimir o abuso de que os esposos, na Missa nupcial, administrem-se de modo recíproco a sagrada Comunhão.

3. As outras partes da Missa

[59.] Cesse a prática reprovável de que sacerdotes, ou diáconos, ou mesmo os fiéis leigos, modificam e variem, à seu próprio arbítrio, aqui ou ali, os textos da sagrada Liturgia que eles pronunciam. Quando fazem isto, trazem instabilidade à celebração da sagrada Liturgia e não raramente adulteram o sentido autêntico da Liturgia.

[73.] Na celebração da santa Missa, a fração do pão eucarístico é realizada somente pelo sacerdote celebrante, ajudado, se é o caso, pelo diácono ou por um concelebrante, mas jamais por um leigo; inicia-se esta fração do pão depois de dar a paz, enquanto se fala o «Cordeiro de Deus». O gesto da fração do pão, «realizada por Cristo na Última Ceia, que no tempo apostólico deu nome a toda a ação eucarística, significa que os fiéis, sendo muitos, formam um só corpo pela Comunhão de um só pão de vida, que o Cristo morto e ressuscitado para a salvação do mundo (1 Cor 10, 17)».[153] Por isto, se deve realizar o rito com grande respeito.[154] Sem dúvida, deve ser breve. O abuso, encontrado em alguns lugares, de prolongar sem necessidade este rito, inclusive com a ajuda de leigos, contraria às normas, ou atribui uma importância exagerada, devendo ser corrigido com grande urgência.[155]

[77.] A celebração da santa Missa, de nenhum modo, pode ser inserida como parte integrante de uma ceia comum, nem se unir com qualquer tipo de banquete. Não se celebre a Missa, a não ser por grave necessidade, sobre uma mesa de refeição[159], ou num refeitório, ou num lugar que será utilizado para uma festa, nem em qualquer sala onde hajam alimentos, nem os participantes na Missa se sentem à mesa, durante a celebração. Se, por uma grave necessidade, deva-se celebrar a Missa no mesmo lugar onde depois será a refeição, deve-se mediar um espaço suficiente de tempo entre a conclusão da Missa e o início da refeição, sem que se exibam aos fiéis, durante a celebração da Missa, alimentos ordinários.

[78.] Não está permitido relacionar a celebração da Missa com acontecimentos políticos ou mundanos, ou com outros elementos que não concordem plenamente com o Magistério da Igreja Católica. Além disso, se deve evitar totalmente a celebração da Missa pelo simples desejo de ostentação ou celebrá-la de acordo com o estilo de outras cerimônias, especialmente profanas, para que a Eucaristia não se esvazie de seu significado autêntico.

[79.] Por último, o abuso de introduzir ritos tomados de outras religiões na celebração da santa Missa, contrários ao que se prescreve nos livros litúrgicos, devem ser julgar com grande severidade.

CAPÍTULO IV
A SAGRADA COMUNHÃO
1. As Disposições para receber a Sagrada Comunhão


[85.] Os ministros católicos administrem licitamente os sacramentos, só aos fiéis católicos, os quais, igualmente, só recebam licitamente de ministros católicos, salvo quando se prescreve nos cânon 844 §§ 2, 3 e 4, e no cânon 861 § 2.[166] Além disso, as condições estabelecidas pelo cânon 844 § 4, das que nada se pode anular,[167] são inseparáveis entre si; visto que é necessário que sempre sejam exigidas simultaneamente.

(Cânons citados:

Cân. 844 — § 1. Os ministros católicos só administram licitamente os sacramentos aos fiéis católicos, os quais de igual modo somente os recebem licitamente dos ministros católicos, salvo o preceituado nos §§ 2, 3 e 4 deste cânon e do cân. 861, § 2.
§ 2. Todas as vezes que a necessidade o exigir ou a verdadeira utilidade espiritual o aconselhar, e desde que se evite o perigo de erro ou de indiferentismo, os fiéis a quem seja física ou moralmente impossível recorrer a um ministro católico, podem licitamente receber os sacramentos da penitência, Eucaristia e unção dos doentes dos ministros não católicos, em cuja Igreja existam aqueles sacramentos válidos.
§ 3. Os ministros católicos administram licitamente os sacramentos da penitência, Eucaristia e unção dos doentes aos membros das Igrejas orientais que não estão em comunhão plena com a Igreja católica, se eles os pedirem espontaneamente e estiverem devidamente dispostos; o mesmo se diga com respeito aos membros de outras Igrejas, que, a juízo da Sé Apostólica, no concernente aos sacramentos, se encontram nas mesmas condições que as Igrejas orientais referidas.

Cân. 861 — § 1. O ministro ordinário do baptismo é o Bispo, o presbítero e o diácono, sem prejuízo do prescrito no cân. 530, n.º 1.
§ 2. Na ausência ou impedimento do ministro ordinário, baptiza licitamente o catequista ou outra pessoa para tal designada pelo Ordinário do lugar, e mesmo, em caso de necessidade, qualquer pessoa movida de intenção recta; os pastores de almas, em especial o pároco, sejam solícitos em que os fiéis aprendam o modo correcto de baptizar.

Cân. 530 — Ao pároco são confiadas do modo especial as funções seguintes:
1.° a administração do baptismo;)

CAPÍTULO VIII
AS CORREÇÕES


[169.] Quando se comete um abuso na celebração da sagrada Liturgia, verdadeiramente se realiza uma falsificação da liturgia católica. Tem escrito Santo Tomás: «incorre no vício de falsidade quem, da parte da Igreja, oferece o culto a Deus, contrariamente à forma estabelecida pela autoridade divina da Igreja e seu costume».[278]

[170.] Para que se dê uma solução a este tipo de abusos, o «que mais urge é a formação bíblica e litúrgica do povo de Deus, pastores e fiéis»,[279] de modo que a fé e a disciplina da Igreja, no que se referir à sagrada Liturgia, sejam apresentadas e compreendidas retamente. Sem dúvida, de onde os abusos persistam, deve-se proceder na tutela do patrimônio espiritual e dos direitos da Igreja, conforme às normas do direito, recorrendo a todos os meios legítimos.

[...]

1. Graviora delicta

[172.] Os graviora delicta (atos graves) contra a santidade do sacratíssimo Sacramento e Sacrifício da Eucaristia e os sacramentos, são tratados de acordo com as «Normas sobre os graviora delicta, reservados à Congregação para a Doutrina da Fé»,[280] isto é:

a) roubar o reter com fins sacrílegos, ou jogar fora as espécies consagradas;[281]

b) atentar à realização da liturgia do Sacrifício eucarístico ou sua simulação;[282]

c) concelebração proibida do Sacrifício eucarístico juntamente com ministros de Comunidades eclesiais que não tenham sucessão apostólica, nem reconhecida dignidade sacramental da ordenação sacerdotal;[283]

d) consagração com fim sacrílego de uma matéria sem a outra, na celebração eucarística, ou também de ambas, fora da celebração eucarística.[284]

6. Queixas por abusos em matéria litúrgica

[183.] De forma muito especial, todos procurem, de acordo com seus meios, que o santíssimo sacramento da Eucaristia seja defendido de toda irreverência e deformação, e todos os abusos sejam completamente corrigidos. Isto, portanto, é uma tarefa gravíssima para todos e cada um, excluída toda acepção de pessoas, todos estão obrigados a cumprir esta trabalho.

[184.] Qualquer católico, seja sacerdote, seja diácono, seja fiel leigo, tem direito a expor uma queixa por um abuso litúrgico, ante ao Bispo diocesano e ao Ordinário competente que se lhe equipara em direito, ante à Sé apostólica, em virtude do primado do Romano Pontífice.[290] Convém, sem dúvida, que, na medida do possível, a reclamação ou queixa seja exposta primeiro ao Bispo diocesano. Para isso se faça sempre com veracidade e caridade.

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A frase "Por Cristo, com Cristo, em Cristo, a vós, Deus Pai todo-poderoso, na unidade do Espírito Santo, toda a honra e toda a glória, agora e para sempre" faz parte da doxologia final, que, por sua vez, é a última parte da Oração Eucarística.

Esta doxologia final da missa, na forma como a conhecemos, é utilizada aproximadamente desde o século VII, em toda a cristandade do Ocidente.

Estas palavras são próprias, única e exclusivamente, do padre (ou bispo) que celebra a missa, e dos sacerdotes concelebrantes. O povo participa dela dizendo “Amém” no final.

“A doxologia final, pela qual se expressa a glorificação de Deus, (…) é afirmada e concluída com a aclamação ‘Amém’ do povo” (IGMR, 79, h).

O Rito da paz:

“Senhor Jesus Cristo, dissestes aos vossos Apóstolos: Eu vos deixo a paz, eu vos dou a minha paz. Não olheis os nossos pecados, mas a fé que anima a vossa Igreja; dai-lhe, segundo o vosso desejo, a paz e a unidade. Vós, que sois Deus, com o Pai e o Espírito Santo.”

O povo com o sacerdote ou somente o sacerdote?

Bom, teremos de fazer uma pequena "apologética" do IGMR para chegar a uma conclusão do correto sem que haja duvidas, vejamos:

IGMR 153. Terminada a oração dominical, o sacerdote, de braços abertos, diz sozinho o embolismo Livrai-nos de todo o mal, Senhor (Libera nos…). No fim o povo aclama: Vosso é o reino (Quia tuum est regnum).

IGMR 154. Em seguida, o sacerdote, de braços abertos, diz em voz alta a oração Senhor Jesus Cristo, que dissestes (Domine Iesu Christe, qui dixisti); uma vez terminada, o sacerdote, abrindo e juntando as mãos, anuncia a paz, voltado para o povo, dizendo: A paz do Senhor esteja sempre convosco (Pax Domini sit semper vobiscum); e o povo responde: O amor de Cristo nos uniu (Et cum spiritu tuo). Logo a seguir, se parecer oportuno, acrescenta: Saudai-vos na paz de Cristo (Offerte vobis pacem).

[...]

IGMR 157. Terminada esta oração, o sacerdote genuflecte, toma a hóstia, levanta-a um pouco sobre a patena ou sobre o cálice e, voltado para o povo, diz: Felizes os convidados (Ecce Agnus Dei); e, juntamente com o povo, acrescenta uma só vez: Senhor, eu não sou digno (Domine, non sum dignus).

Como podemos ver, o IGMR é bem claro ao explicar quando é o sacerdote quem diz, quando é o povo quem responde e quando é o povo que juntamente com o sacerdote reza. Assim, fica claro que a oração da Paz(Senhor Jesus Cristo, que dissestes...) é feita somente pelo sacerdote, não há duvidas quanto a isto, já que o IGMR não deixa essas questões vagas em momento algum. Basta analisarmos como são detalhados cda parte do Rito da Missa neste documento da Santa Sé, a Instrução Geral do Missal Romano.

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Documentos recomendados para estudo mais aprofundado:

Instrução Geral do Missal Romano (Site do Pe. Demétrio Gomes, Arq. de Niterói): http://www.presbiteros.com.br/site/instrucao-geral-do-missal-romano-2002-portugues/

Catecismo da Igreja Católica (Site do Vaticano): http://www.vatican.va/archive/compendium_ccc/documents/archive_2005_compendium-ccc_po.html

Código de Direito Canônico (Site do Vaticano): http://www.vatican.va/archive/cod-iuris-canonici/portuguese/codex-iuris-canonici_po.pdf

Redemptionis Sacramentum (Site do Vaticano): http://www.vatican.va/roman_curia/congregations/ccdds/documents/rc_con_ccdds_doc_20040423_redemptionis-sacramentum_po.html

Estudem, aqui foi apenas uma amostra incompleta, parte de uma grande riqueza que é a Doutrina Católica, riqueza esta que todos devem estudar profundamente.
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Blog Amigos Católicos Evangelizadores
Autor: Thiago A. Borges de Azevedo
Auxiliar de pesquisa: Aline Carvalho Costa dos Santos

Para Citar:

BORGES, Thiago Alves. COSTA, Aline Carvalho. Aprendendo um pouco mais sobre Liturgia e suas Normas. <http://amigos-catolicos-evangelizadores.blogspot.com/2015/12/aprendendo-um-pouco-mais-sobre-liturgia.html> Desde 09/12/2015

Maria é Mãe de Deus


Se perguntarmos a alguém se ele e filho de sua mãe, se esta verdadeiramente for a mãe dele, de certo nos lançará um olhar de espanto. E teria razão. O homem como sabemos é composto de corpo, alma e espírito. A minha mãe me deu meu corpo, a parte material deste conjunto trinitário que eu sou; sendo minha alma e espírito dados por Deus. E minha mãe que me deu a luz não é verdadeiramente minha mãe?

Apliquemos, agora, estas noções de bom senso ao caso da Maternidade divina de Nossa Senhora. Há em Nosso Senhor Jesus Cristo duas naturezas: a humana e a divina, constituindo uma só pessoa, a pessoa de Jesus. Nossa Santa Mãe é mãe desta pessoa, dando a ela somente a parte material, como nosso mãe também o faz. O Espírito e Alma de Cristo também vieram de Deus. Nossa mãe não é mãe do nosso corpo, mas mãe de nossa pessoa. Assim também Maria é Mãe de Cristo. Ela não é a Mae da Divindade ou da Trindade, mas é mãe de Cristo a segunda pessoa da Santíssima Trindade, que também é Deus. Sendo Jesus Deus, Maria é Mãe de Deus.

Basta um pequeno raciocínio para reconhecer como necessária a maternidade Divina da Santíssima Virgem. Nosso Senhor morreu como homem na Cruz (pois Deus não morre), mas nos redimiu como Deus, pelos seus méritos infinitos. Ora, a natureza humana de Nosso Senhor e a natureza divina não podem ser separadas, pois a Redenção não existiria se Nosso Senhor tivesse morrido apenas como homem. Logo, Nossa Santa Mãe, Mãe de Nosso Senhor, mesmo não sendo mãe da divindade é Mãe de Deus, pois Nosso Senhor é Deus. Se negarmos a maternidade de Nossa Senhora, negaremos a redenção do gênero humano.

A negação da Maternidade divina de Nossa Senhora é uma negação à Verdade, uma negação ao ensino dos Apóstolos de Cristo.

Provas da Sagrada Escritura

A Igreja Católica sendo a única Igreja Fundada por Cristo, confirmada pelos Apóstolos e seus legítimos sucessores; sendo Ela a escritora, legitimadora e guardiã da Bíblia, jamais poderia ensinar algo que estivesse contra o Ensino da Bíblia.

Vejamos o que a Sagrada Escritura ensina sobre a Maternidade Divina de Nossa Senhora:
  1. O profeta Isaías escreveu: "Portanto, o mesmo Senhor vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel [Deus conosco]." (Is 7,14). Claramente o profeta declara que o filho da virgem será divino, portanto a maternidade da virgem também é divina, o que a faz ser Mãe de Deus.
  2. O Arcanjo Gabriel disse: "O Santo que há de nascer de ti será chamado Filho de Deus" (Lc 1,35). Se ele é filho de Deus, ele tb é Deus e Maria é sua Mãe, portanto Mãe de Deus. Isaías também escreveu o mesmo em Is 7,14.
  3. Cheia do Espírito Santo, Santa Izabel saudou Maria dizendo: "Donde a mim esta dita de que a mãe do meu Senhor venha ter comigo"? (Lc 1,43) E Mãe de meu Senhor quer dizer Mãe do meu Deus, portanto Mãe de Deus..
  4. São Paulo ainda escreveu: "Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei." (Gl. 4,4). São Paulo claramente afirma que uma mulher foi a Mãe do filho de Deus, portanto Mãe de Deus.

Tendo a Sagrada Escritura seu berço na Igreja - portanto sendo menor que Ela - , vemos como está de acordo com o ensino da mesma.

A negação da Maternidade divina de Nossa Senhora é uma negação à Verdade, é negar a Divindade de Cristo, é negar o ensino dos Apóstolos de Cristo.

O Concílio Ecumênico de Éfeso

Quando o heresiarca Ario divulgou o seu erro, negando a divindade da pessoa de Jesus Cristo, a Providência Divina fez aparecer o intrépido Santo Atanásio para confundí-lo, assim como fez surgir Santo Agostinho para suplantar o herege Pelágio, e São Cirilo de Alexandria para refutar os erros de Nestório, que haviam semeado a pertubação e a indignação no Oriente.

Em 430, o Papa São Celestino I, num concílio de Roma, examinou a doutrina de Nestório que lhe fora apresentada por São Cirilo e condenou-a anti-católica, herética.

São Cirilo formulou a condenação em doze proposições, chamadas os doze anátemas, em que resumia toda a doutrina católica a este respeito.

Pode-se resumi-la em três pontos:
  1. Em Jesus Cristo, o Filho do homem não é pessoalmente distinto do Filho de Deus;
  2. A Virgem Santíssima é verdadeiramente a Mãe de Deus, por ser a Mãe de Jesus Crito, que é Deus;
  3. Em virtude da união hipostática, há comunicações de idiomas, isto é; denominações, propriedades e ações das duas naturazas em Jesus Cristo, que podem ser atribuidas à sua pessoa, de modo que se pode dizer: Deus morreu por nós, Deus salvou o mundo, Deus ressuscitou.

Para exterminar completamente o erro, e restringir a unidade de doutrina ao mundo, o Papa resolveu reunir o Concílio de Éfeso (na Ásia Menor), em 431, convidando todos os bispos do mundo.

Perto de 200 bispos, vindos de todas as partes do orbe, reuniram-se em Éfeso. São Cirilo presidiu a assembléia em nome do Papa. Nestório recusou comparecer perante aos bispos unidos.

Desde a primeira sessão a heresia foi condenada. Sobre um trono, no centro da assembléia, os bispos colocaram o Santo Evangelho, para representar a assistência de Jesus Cristo, que prometera estar com a sua Igreja até a consumação dos séculos, espetáculo santo e imponente que desde então foi adotado em todos os concílios.

Os bispos cercando o Evangelho e o representante do Papa, pronunciaram unânime e simultaneamente a definição proclamando que Maria é verdadeiramente Mãe de Deus. Nestório deixou de ser, desde então, bispo de Constantinopla.

Quando a multidão anciosa que rodeava a Igreja de Santa Maria Maior, onde se reunia o concílio, soube da definição que proclamava Maria Mãe de Deus, num imenso brado ecoou a exclamação: "Viva Maria, Mãe de Deus! Foi vencido o inimigo da Virgem! Viva a grande, a augusta, a gloriosa Mãe de Deus!"

Em memória desta solene definição, o concílio juntou à saudação angélica estas palavras simples e expressivas: "Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte".

Fonte:http://www.veritatis.com.br/apologetica/maria-santissima/529-santa-maria-mae-de-deus

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

O texto de Êxodo 20 , versículo 40,que os protestantes geralmente fazem referencia é claro no Hebraico פֶ֣֙סֶל֙׀ (Exo 20,4 )'( idol ), a palavra usada é ÍDOLO. Como se verifica no Grego, eidōlon , IDOLO. É uma IMAGEM DE DEUS FALSO. e não um εἰκών, (eikon, imagem), Existe uma diferença conceitual CLARA entre Icone, imagem, e Idolo, representação de um DEUS FALSO. Por exemplo, sua foto de Perfil, é um Eikon, se a sua foto de perfil fosse a do Orixá (deus) OGUM do candomblé, seria um IDOLO, ou seja a representação de um DEUS FALSO. Percebe a diferença conceitual entre uma coisa e outra ??? E isso se aplica Biblicamente. O próprio DEUS em Numeros 21,8 , manda fazer um EIKON ! Uma imagem de serpente em Bronze. Isso significa que DEUS sabe a diferença entre Ícone e ídolo, as traduções enviesadas da bíblia, a polêmica iconoclasta dos protestantes, e os militantes protestantes da web é que não sabem essa diferença.

Apol. Demetrius Rodrigues
Solenidade da Imaculada Conceição
Dom Henrique Soares da Costa

“Com grande alegria rejubilo-me no Senhor, e minha alma exultará no meu Deus, pois me revestiu de justiça, como a noiva ornada de suas jóias” (Is 61,10)


– Estas palavras do Profeta Isaías, com toda razão a Igreja as coloca hoje na boca da Virgem Maria. De fato, estes dizeres exprimem bem o mistério da Festa de hoje, a Imaculada Conceição da Toda Santa Mãe de Deus.

Hoje, caríssimos, no ventre da velha Ana foi concebida a Virgem Maria. Que há de maravilhoso nisso? Dizem as antigas fontes cristãs que Ana era já idosa e estéril como Sara, a esposa de nosso pai Abraão, como Isabel, a esposa do velho Zacarias. Pois bem, idosa e estéril, também Ana gerou no seu ventre uma filha! É obra de Deus: onde não há vida Ele faz a vida brotar; onde já não há mais futuro, Ele faz o futuro acontecer!

Bendito seja o Nome do Senhor, Autor da vida, Senhor que nos abre a porta da esperança!

Mas, o mistério da Festa de hoje, a alegria da Igreja neste dia, é por um acontecimento ainda maior, um mistério ainda mais admirável!


Eis a surpresa, eis a obra estupenda do nosso Deus: esta filhinha concebida hoje no ventre da velha Ana, desde o primeiro momento de sua conceição, foi preservada por Deus de todo vínculo do pecado que pesa sobre a nossa raça.O salmista diz: “Minha mãe já concebeu-me pecador!” (Sl 50/51,7). Estas palavras não se aplicam à Virgem Maria!

Desde o primeiro instante de nossa existência, todos somos marcados pela quebradura provocada pelo pecado de nossos antepassados... Não assim a Virgem Maria! Ela, desde o primeiro instante de sua existência, por pura graça de Deus, foi preservada do pecado original. O mesmo Deus que “antes da fundação do mundo nos escolheu em Cristo para que fôssemos santos e irrepreensíveis sob Seu olhar, no amor”, o mesmo Senhor Santo que “nos predestinou para sermos Seus filhos adotivos por intermédio de Jesus Cristo, conforme a decisão de Sua vontade”, Ele mesmo, por causa do Filho Jesus e pelos méritos do Filho Jesus, o “Cordeiro sem defeitos e sem mácula, conhecido antes da fundação do mundo” (1Pd 1,19s), predestinou e preservou de toda mancha do pecado a Virgem Maria, futura mãe escolhida para o Seu Filho!

Assim, desde o primeiro momento de sua existência, a Virgem Maria foi revestida da justiça de Deus, foi justificada em Jesus Cristo, foi ornada de santidade como uma noiva ornada com suas jóias pelo Noivo divino! Por isso mesmo, a liturgia da Igreja coloca na boca da Virgem Santíssima as palavras do salmo 29: “Eu Vos exalto, ó Senhor, pois me livrastes e não deixastes rir de mim meus inimigos!”. Com efeito, caríssimos, a todos nós o Senhor arrancou da lama do pecado pela graça da sua Páscoa. Mas, à Virgem Maria, Ele sequer deixou que a lama do pecado nela tocasse! Por isso, o Arcanjo Gabriel a saúda como “Toda Agraciada”, por isso também, a própria Virgem exulta dizendo: “Todas as gerações me chamarão bem-aventurada porque o Todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor!” (Lc 1,48)

Meus caros em Cristo, hoje nós estamos reunidos em torno do Altar sagrado para proclamar todas essas grandes coisas que o Senhor realizou em nosso favor na vida da Virgem Maria!

É tão belo, tão significativo, agora que estamos cheios de santa ansiedade na preparação para o próximo Natal do Senhor, celebrar a Conceição Imaculada da Virgem Maria.

Ela já aparece como a doce Aurora do Dia da Salvação.

A sua Imaculada Conceição, o dom imenso da sua vitória sobre o pecado já prenuncia Aquele que, vindo dela, esmagará a cabeça da antiga Serpente, do inimigo da nossa raça!

É por causa do Salvador, por causa Daquele que tira o pecado do mundo, que a Virgem foi preservada do pecado. Deus, “a fim de preparar para o Seu Filho mãe que fosse digna Dele, preservou Nossa Senhora da mancha original, enriquecendo-a com a plenitude da Sua graça. Puríssima, na verdade, devia ser a Virgem que nos daria o Salvador, o Cordeiro sem mancha que tira os nossos pecados!”

Caríssimos, vivemos atualmente num mundo em que o pecado parece ter mais força que nunca! Nossa civilização cada vez mais vai voltando as costas para a luz do Cristo: descrença, humana soberba, impiedade, imoralidade, orgulho, violência, materialismo, consumismo, egoísmo, falta de solidariedade e compaixão, desrespeito pela vida humana e pelas leis de Deus – eis as marcas da nossa cultura, mais e mais transformada em “cultura de morte”.

E, no entanto, não temos o direito de perder a esperança! A Festa deste hoje nos mostra e nos faz experimentar na solene Liturgia o quanto o Cristo vence a treva do pecado, vence os laços da antiga Serpente, vence as marcas da morte!

A Imaculada Conceição de Maria é Aurora que nos garante que jamais as trevas vencerão o Cristo que, saído do ventre da Virgem, brilhou como luz para o mundo!

Como afirmava Santo Efrém, o grande doutor da Igreja síria, Maria é o “santuário imaculado no qual Deus habitou. Maria gerou Deus, que enche o mundo de bênção e trouxe a Vida ao mundo!”

Por isso mesmo, diz o santo Doutor que “é grande o mistério da Virgem puríssima e supera toda língua, pois ela acolheu no seu seio o Rio da Vida que com as Suas águas irrigou o mundo e vivificou todos os mortos!”

Meus caros, o cristão não deve ser um iludido! Sabemos que os sinais de treva, de dor, de pecado com todas as suas tristes consequências marcam ainda o nosso tempo e até mesmo o nosso coração.

Mas, sabemos também que o Deus nascido da Virgem é o mesmo que vence o pecado e a morte, o mesmo em Quem já experimentamos a graça da salvação, o mesmo em Quem nos sabemos mais que vencedores!

Voltemo-nos, então, para aquela que hoje foi concebida sem pecado e, do fundo de nossa humana miséria, clamemos, com as intensas palavras da Liturgia oriental:

Bendita Mãe de Deus, abre-nos a porta da tua benevolência!
Não fique desiludida a nossa confiança, que espera em ti!
Livra-nos das nossas adversidades!
Tu és a salvação do gênero humano!
É tão grande o número dos meus pecados, ó Mãe de Deus!
A ti recorro, ó Imaculada, a procura de salvação!
Consola a minha alma desolada e pede ao teu Filho nosso Deus, que me conceda o perdão dos meus pecados, ó única Imaculada, única bendita!
Deposito em ti toda a minha esperança, ó Mãe da Luz!
Acolhe-me sob a tua proteção!”

Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós!

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Afinal, o que é o pecado contra o Espírito Santo?

 

“Com espírito contrito, submetam (os fiéis) seus pecados à Igreja no sacramento da Penitência” (Vaticano II, Presbyterorum Ordinis, 5).

Em primeiro lugar, dois esclarecimentos:

1. Não é o padre quem perdoa os pecados, e sim Deus, mediante a absolvição do ministro ordenado: bispo ou presbítero.

2. Todos os pecados têm o perdão de Deus, menos um: o pecado contra o Espírito Santo. “Por isso, eu vos digo: todo pecado e toda blasfêmia serão perdoados aos homens, mas a blasfêmia contra o Espírito não lhes será perdoada” (Mateus 12, 31). O único pecado que Deus não perdoa é a blasfêmia contra o Espírito santo.

Em que consiste esse pecado?

A blasfêmia não acontece somente com palavras, mas também (e sobretudo) com atos. Quem blasfema? Quem não se sente necessitado de Deus, quem não se sente pecador ou se considera sem pecado; é um fechar-se ao convite de Deus à conversão, endurecer o coração a tal ponto, que a pessoa não tem interesse algum por Deus.

É pecado endurecer o coração e dizer a Deus, por exemplo: “Deus não me interessa; estou bem sem Ele; não preciso dEle”.

É pecado considerar que Deus não pode perdoar, ou que Seu perdão possa ser negado na confissão. Ou seja, é o pecado pelo qual o homem se nega livre e conscientemente ao perdão e à misericórdia de Deus.

Diante desta circunstância, o que Deus pode fazer? Nada. Só pode deixar que a pessoa morra em seu pecado.

Onde Deus não pode agir, Deus não tem nada a fazer, não tem nada a perdoar, e então não perdoa nada. Porque a pessoa não quer Seu perdão. E Deus respeita isso.

A Bíblia nos dá mais luz sobre o tema: “Quem oculta seus pecados não prosperará, mas quem os confessa e se afasta deles alcançará misericórdia” (Provérbios 28, 13).

Fonte: Grupo de Oraçáo São José.
Por PE. HENRY VARGAS HOLGUÍN – Editado por Ecclesia Miltans

sábado, 28 de novembro de 2015

Homilia de Dom Henrique Soares da Costa - I Domingo do Advento
29 de Novembro de 2015

Leituras do Dia:
1Leitura: Jr 33,14-16/Salmo: Sl 24,4bc-5ab.8-9.1014 (R.1b)/2Leitura: 1Ts 3,12-4,2/Evangelho: Lc 21, 25-28.34-36

“A Vós, meu Deus, elevo a minha alma. Confio em Vós, que eu não seja envergonhado!”

Com a Eucaristia deste hoje estamos iniciando um novo Ano Litúrgico e também o Tempo do Advento, que nos prepara para o Natal do Senhor e celebra liturgicamente a Sua Vinda gloriosa no final dos tempos, no Dia de Cristo.

Durante este novo ano, aos domingos, escutaremos sempre trechos do Evangelho segundo Lucas. E na Missa deste Primeiro Domingo deste novo tempo, a Igreja, no missal, coloca as palavras do salmo 24, que foram lidas há pouco: “A Vós, meu Deus, elevo a minha alma”... A Igreja ergue os olhos, o coração, a alma para o Senhor, reconhecendo-se pobre, pequena e necessitada. “Confio em Vós, que eu não seja envergonhado!” Estas palavras, exprimem qual deva ser nossa atitude neste santo Advento: atitude de quem se reconhece necessitado de um Salvador; de quem se sabe pequeno e incapaz de caminhar sozinho! A humanidade, sozinha, não chega à plenitude, não encontra a felicidade: precisamos que Deus venha e nos estenda a mão, que Ele nos eleve e nos salve!

O Advento nos prepara para o Natal e nos faz pensar que um dia o Senhor virá em Sua Glória para levar à plenitude Sua obra de salvação. É um tempo de vigilância, de súplica, de alegre esperança no Senhor que vem: veio em Belém, vem no mistério celebrado no Natal, virá no final dos tempos e vem a cada dia, nos grandes e pequenos momentos, nos sorrisos e nas lágrimas.

A liturgia nos ajuda a viver bem este tempo com símbolos próprios desta época:

a cor roxa, que significa sobriedade e vigilância;
o “Glória”, que não será rezado na Missa, para recordar que estamos nos preparando para cantá-lo a plenos pulmões no Natal;
a ornamentação sóbria da igreja;
a coroa do Advento, que pode ser utilizada e abençoada na Celebração deste Domingo;
as leituras e cânticos tão comoventes, sempre pedindo a graça da Vinda do Senhor;
a recordação dos personagens que nos ensinam a esperar o Messias: Isaías, João Batista, Isabel e Zacarias, José e, sobretudo, a Virgem Maria.

Neste tempo, cuidemos de meditar mais na Palavra de Deus, tanto nas leituras da Missa diária quanto no livro do Profeta Isaías. Procuremos também o sacramento da confissão. Abramos nosso coração Àquele que vem!

No Evangelho deste Domingo, o Senhor nos recorda a necessidade da vigilância: “Tomai cuidado para que vossos corações não fiquem insensíveis por causa da gula, da embriaguez e das preocupações da vida, e esse Dia não caia de repente sobre vós; pois esse Dia cairá como uma armadilha sobre todos os habitantes da terra. Portanto, ficai atentos!”

Aquele cuja vinda em humildade celebraremos no Natal, cuja Vinda em Glória esperamos no final dos tempos, vem a nós constantemente! Somente numa atitude de oração e vigilância, de sobriedade e de expectativa amorosa, é que poderemos reconhecê-Lo e acolhê-Lo. É nossa atitude agora que determinará nossa sorte quando Ele vier no final dos tempos.

Com uma linguagem impressionante e simbólica, Jesus quer nos dizer hoje que Sua Manifestação final vai co-envolver todas as coisas: a criação toda, a história humana toda e cada um de nós. Nada nem ninguém escapará do Dia do Cristo; tudo será passado a limpo pelo Filho do Homem glorioso: “Verão o Filho do Homem vindo numa nuvem com grande poder e glória”.

Esta Vinda será discriminatória, pois discriminará bons e maus: será manifestação da salvação para quem o acolheu, e será perdição para quem o rejeitou! Daí, a advertência séria, o apelo quase que dramático que Jesus nos faz: “Quando estas coisas começarem a acontecer, levantai a cabeça, porque a vossa libertação se aproxima; ficai atentos para terdes força de escapar de tudo o que deve acontecer e para ficardes de pé diante do Filho do Homem!” Os sinais que o Senhor nos dá, acontecem sempre, em cada geração, como um convite insistente à vigilância.

É preciso que compreendamos que este Dia final que o Senhor nos prepara – Dia da Sua Vinda, da Sua Manifestação, da Sua Aparição – será Dia de salvação: “Eis que virão dias em que farei cumprir as promessas de bens futuros... Naqueles dias, farei brotar de Davi a semente de justiça... e Judá será salvo e Jerusalém terá uma população confiante”.

Deus nunca pensou o mal para nós: o bem, a bênção, a graça, a salvação que Ele prenunciou como promessa no Antigo Testamento, começaram, efetivamente, a realizar-se com a inauguração do Reino, trazido pela vinda do nosso Salvador na nossa carne mortal e serão manifestados em plenitude na Vinda final, na Parusia do nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo!

É necessário, pois, que nos abramos para o Bem que o Senhor nos prepara; este Bem é Aquele que veio em Belém, que nos vem em cada Eucaristia e que nos virá no final de tudo: “este é o Nome com que será chamado: Senhor-nossa-justiça”. Este Bem é Jesus-Salvador! Por isso mesmo, na segunda leitura da Missa hodierna, o Apóstolo nos convida a buscar a santidade aos olhos de Deus, nosso Pai, preparando-nos para “o Dia da Vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, com todos os Seus santos” e nos pede insistentemente que façamos “progressos ainda maiores”.

Tomemos consciência de que nosso caminho neste mundo passa, é apenas um caminho!
Por que temos tanto medo de recordar que aqui estamos de passagem e que somente lá permaneceremos para sempre?

Pois bem: vivamos bem nosso Advento, vivamos bem os dias de nossa vida, à luz do Dia do Cristo que vem! Que caminhemos com os pés bem firmes neste mundo e os olhos voltados para o alto. Que nossos sentimentos sejam os do salmo da Missa de hoje: “Mostrai-me, ó Senhor, Vossos caminhos, e fazei-me conhecer a Vossa estrada! Vossa verdade me oriente e me conduza, porque sois o Deus da minha salvação!”

Que nós, “acorrendo com nossas boas obras ao encontro do Cristo que vem, sejamos reunidos à Sua Direita na comunidade dos justos” no Dia da Sua Vinda!Vem, Senhor Jesus! Amém!

terça-feira, 10 de novembro de 2015

São Luiz de Montfort: Os devotos escrupulosos.

Os devotos escrupulosos são pessoas que temem desonrar o Filho honrando a Mãe, rebaixar um ao elevar a outra. Não podem suportar que se prestem à Santíssima Virgem louvores muito justos, tais como os Santos Padres lhe dirigiram (…). Como se uma coisa fosse contrária à outra, como se aqueles que rezam a Nossa Senhora não rezassem a Jesus Cristo por meio d’Ela! Não querem que se fale tantas vezes da Santíssima Virgem, nem que a Ela nos dirijamos tão frequentemente. Eis algumas frases que lhes são habituais:

“Para que servem tantos terços, tantas confrarias e devoções externas à Santíssima Virgem? Há muita ignorância nisto tudo! Faz-se da religião uma palhaçada. Falem-me dos que têm Devoção a Jesus Cristo (…). É preciso pregar Jesus Cristo: eis a doutrina sólida!”

Isto que dizem é verdadeiro num certo sentido; mas quanto à aplicação que disso fazem, para impedir a Devoção à Virgem Santíssima, é muito perigoso. Trata-se duma cilada do inimigo sob pretexto dum bem maior. Pois nunca se honra mais a Jesus Cristo do que quando se honra muito à Santíssima Virgem. A razão é simples: só honramos a Virgem no intuito de honrar mais perfeitamente a Jesus Cristo, indo a Ela apenas como ao caminho que leva ao fim almejado, que é Jesus.

– Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem. Os devotos escrupulosos. São Luiz Maria G. de Montfort.
O essencial da nossa fé

O cristianismo, ou nasce de um encontro, ou não é cristianismo!
Ser cristão é ter encontrado - ou ter sido encontrado - Cristo Jesus e, doravante, viver num contínuo aprofundamento dessa experiência, numa relação profundamente existencial com Ele.

Uma das maiores tentações dos cristãos de hoje, sobretudo padres e religiosos, é reduzir Jesus a uma ideia, o cristianismo a um programa humanístico e a Igreja a uma ONG de serviços gerais de filantropia.

No entanto, o cristianismo, se não quiser morrer ou se tornar totalmente insípido, terá de nascer sempre de um encontro e consistir sempre numa relação de amizade profundamente existencial com Aquele a quem encontramos, ou melhor, por quem fomos encontrados.

E desse encontro, surge, para o cristão, um contínuo desafio, que o interpela: responder à pergunta: «E vós, quem dizeis que Eu sou?» (Mt 16,15).

O mundo, pense ele o que quiser, de acordo com a moda do momento, da filosofia de plantão; nossa resposta só pode ser aquela de sempre, aquela da Igreja, aquela de Pedro: «Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo» (Mt 16,16), ou ainda aquela, de Natanael: «Rabi, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel!» (Jo 1,49).

Dom Henrique Soares da Costa
Terça-feira, 10 / 11 / 2015
Comentário do dia por Santo Ambrósio (c. 340-397)
Bispo de Milão, Doutor da Igreja
Sobre o Evangelho de S. Lucas 8, 31-32

«Somos inúteis servos»

Que ninguém se vanglorie do que faz, pois é de simples justiça que sirvamos o Senhor. [...] Enquanto vivermos, devemos trabalhar sempre para este nosso Senhor. Reconhece pois que és um servo obrigado a um grande número de serviços. Não te envaideças por seres chamado «filho de Deus» (1Jo 3,1): reconheçamos esta graça, mas não esqueçamos a nossa natureza. Não te gabes de teres servido bem, pois fizeste o que devias fazer. O sol desempenha o seu papel, a lua obedece, os anjos cumprem os seus serviços. S. Paulo, «o instrumento escolhido pelo Senhor para os pagãos» (Act 9,15), escreve: «Eu não mereço o nome de apóstolo, porque persegui a Igreja de Deus» (1Cor 15,9). E, se mostra que não tem consciência de qualquer falta, acrescenta de seguida: «Mas nem por isso estou justificado» (1Cor 4,4). Não pretendamos pois ser louvados por nós próprios, nem antecipemos o julgamento de Deus.

Fonte: Arautos do Evangelho