quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Santa Missa: Primeira parte.

ObanquetedoCordeiro

A Missa: parte por parte

SIMBOLOS DO SACRIFICIO 27.05.09A missa é o culto mais sublime que oferecemos ao Senhor. Nós não vamos à missa somente para pedir, mas também para louvar, agradecer e adorar a Deus. A desculpa de que rezar em casa é a mesma coisa que ir à missa é por demais pretensiosa! É querer fazer da reza particular algo melhor que a missa, que é celebrada por toda uma comunidade! Assim, vamos à missa para ouvir a Palavra do Senhor e saber o que o Pai fala e propõe para a sua família reunida. Não basta ouvir! Devemos pôr em prática a Palavra de Deus e acertarmos nossas vidas (conversão). O fato de existir pessoas que frequentam a missa, mas não praticam a Palavra jamais deve ser motivo de desculpa para nos esquivarmos de ir à missa; afinal, quem somos nós para julgarmos alguém? Quem deve julgar é Deus! Ao invés de olharmos o que os outros fazem, devemos olhar para o que Cristo faz! É com Ele que devemos nos comparar!
A Divisão da Missa
A missa está dividida em quatro partes bem distintas:
1. 1. Ritos Iniciais
Comentário Introdutório à missa do dia, Canto de Abertura, Acolhida, Antífona de Entrada, Ato Penitencial, Hino de Louvor e Oração Coleta.
2. 2. Rito da palavra
Primeira Leitura, Salmo Responsorial, Segunda Leitura, Aclamação ao Evangelho, Proclamação do Evangelho, Homilia, Profissão de Fé e Oração da Comunidade.
3. 3. Rito Sacramental
1ª Parte – Oferendas: Canto/Procissão das Oferendas, Orai Irmãos e Irmãs, e Oração Sobre as Oferendas;
2ª Parte – Oração Eucarística: Prefácio, Santo, Consagração e Louvor Final;
3ª Parte – Comunhão: Pai Nosso, Abraço da Paz, Cordeiro de Deus, Canto/Distribuição da Comunhão, Interiorização, Antífona da Comunhão e Oração após a Comunhão.
4. 4. Ritos Finais
Mensagem, Comunicados da Comunidade, Canto de Ação de Graças e Bênção Final.
Posições do Corpo
Os gestos são importantes na liturgia. Nosso corpo também “fala” através dos gestos e atitudes. Durante toda a celebração litúrgica nos gesticulamos, expressando um louvor visível não só a Deus, mas também a todos os homens.
Quando estamos sentados, ficamos em uma posição confortável que favorece a catequese, pois nos dá a satisfação de ouvir evitando o cansaço; também ajuda a meditar sobre a Palavra que está sendo recebida.
Quando ficamos de pé, demonstramos respeito e consideração, indicando prontidão e disposição para obedecer.
Quando nos ajoelhamos ou inclinamos durante a missa, declaramos a nossa adoração sincera a Deus todo-poderoso, indicando homenagem e, principalmente, total submissão a Ele e à sua vontade.
Ao juntarmos as mãos, mostramos confiança e fé em Deus.

São Sérgio

SANTO DO DIA

SÃO SÉRGIO24/02

Existem vários santos com o nome de Sérgio. Hoje celebramos aquele que foi martirizado em Cesaréia da Capadócia, no tempo do imperador Diocleciano. São Sérgio vivia no deserto enquanto os cristãos estavam sendo perseguidos e entregando a vida em sacrifício de louvor. 

Por ocasião das festas em honra a Júpiter, Saprício, governador da Armênia e da Capadócia, mandou reunir os cristãos no templo dedicado a Júpiter. Obrigou-os a prestar culto ao deus pagão. Movido pelo Espírito Santo para ir à Cesaréia, lá ele encontrou no centro da praça a imagem de Júpiter, considerado como o maior dos deuses entre os pagãos. 
Diante da imagem os sacerdotes pagãos acusavam os cristãos e os condenavam, com o motivo de serem eles os culpados da omissão dos deuses diante das necessidades do povo. 
Sérgio, o venerado eremita, reprovou com veemência o culto ao ídolo, proclamando a todos que somente o Deus vivo e verdadeiro, Jesus Cristo, o Deus dos cristãos, era digno de todo louvor e adoração. 
Foi, então, conduzido perante o governador que o condenou a morte. São Sérgio foi imediatamente decapitado. Os cristãos recolheram seu corpo e uma piedosa senhora sepultou-o em sua própria casa.  
Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR
 REFLEXÃO O mártir São Sérgio soube reconhecer a presença de Jesus Cristo na sua vida a ponto de entregá-la por ele. Levou vida de oração e união com Deus e com seus irmãos cristãos. Para nós, cristãos do século XXI, fica o exemplo de amor e santidade de São Sérgio, que nos inspira para continuar acredintando no Amor de Deus e na construção de seu Reino de Justiça e paz.
ORAÇÃO O Pai querido, vós que escolheste São Sérgio para servir os irmãos e irmãs pelo martírio, concedei-nos também ouvir o clamor dos mais sofredores e permita-nos doar um pouco de nossa vida em favor destes pequeninos. Por Cristo, Senhor nosso. Amém. 

(Link: http://www.a12.com/santuario-nacional/santuario-virtual/santo-do-dia)

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Dom Alberto Taveira Corrêa: Palavra de Vida Eterna | Mateus 20,17-28 (24/02/16)

Naquele tempo, 17enquanto Jesus subia para Jerusalém, ele tomou os doze
discípulos à parte e, durante a caminhada, disse-lhes: 18“Eis que
estamos subindo para Jerusalém, e o Filho do Homem será entregue aos
sumos sacerdotes e aos mestres da Lei. Eles o condenarão à morte, 19e o
entregarão aos pagãos para zombarem dele, para flagelá-lo e crucificá-
lo. Mas no terceiro dia ressuscitará”.
20A mãe dos filhos de Zebedeu aproximou-se de Jesus com seus filhos e
ajoelhou-se com a intenção de fazer um pedido. 21Jesus perguntou: “Que
queres?” Ela respondeu: “Manda que estes meus dois filhos se sentem, no
teu Reino, um à tua direita e outro à tua esquerda”. 22Jesus, então,
respondeu-lhe: “Não sabeis o que estais pedindo. Por acaso podeis beber
o cálice que eu vou beber?” Eles responderam: “Podemos”. 23Então Jesus
lhes disse: “De fato, vós bebereis do meu cálice, mas não depende de mim
conceder o lugar à minha direita ou à minha esquerda. Meu Pai é quem
dará esses lugares àqueles para os quais ele os preparou”.24Quando os
outros dez discípulos ouviram isso, ficaram irritados contra os dois
irmãos. 25Jesus, porém, chamou-os, e disse: “Vós sabeis que os chefes
das nações têm poder sobre elas e os grandes as oprimem. 26Entre vós não
deverá ser assim. Quem quiser tornar-se grande, torne-se vosso servidor;
27quem quiser ser o primeiro, seja vosso servo. 28Pois, o Filho do Homem
não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida como resgate
em favor de muitos”.

Palavra de Vida Eterna anunciada por dom Alberto Taveira Corrêa

Arcebispo Metropolitano de Belém. TV Nazaré, Belém-PA.

Reflitamos pelo bem da unidade!

Se compreende que hoje, no mundo paganizado em que nos encontramos, deve-se ter cuidado com quem se confia, mesmo quando se trata de Sacerdotes... Sim, estes podem errar, até o Papa, quando não se pronuncia infalivelmente, pode errar! Mas, é preciso ter, também, cuidado para não nos trancarmos em nossa Paróquia e em nossa Diocese e, nos agarrarmos aos Bispos e Padres conhecidos com a presunção de que só estes são "santos" e portadores da Verdade guardada pela Igreja, como se nossa (Arqui)Diocese fosse a única fiel ao Papa no mundo inteiro. Se agirmos assim podemos começar a nos achar juízes capazes de determinar qual Padre é Padre para os outros e qual Padre é Padre mas não deve ser ouvido pelos outros... Isso não é o certo a se fazer! 

Assim como devemos ter cuidado para não fazermos do mundo um inimigo e nos trancarmos dentro de casa ou dentro de nossa Paróquia, pois precisamos estar no mundo para evangelizá-lo, devemos ter também cuidado para que não transformemos em inimigos os Bispos e Padres que não são de nossa Diocese, para que não nos fechamos em Nosso Bispo, como se todos os outros Bispos e seus respectivos Sacerdotes fossem hereges perigosos para a nossa fé e para a fé dos outros. 

A Igreja Católica é Universal(Está presente no mundo inteiro através das Dioceses e seus Bispos), não podemos ter medo de estarmos unidos(a unidade da Igreja depende de estarmos unidos) com todos os Sacerdotes e Bispos de nosso País e do mundo inteiro. 

O discernimento é um dom do Espírito Santo, não nos esqueçamos disto. Devemos discernir, avaliar o que nos é ensinado, mas não devemos ter medo de ler e estudar o que outros Bispos e Sacerdotes ensinam! Ter como habito a leitura da Bíblia, do Catecismo e dos Documentos do Vaticano(e suas Congregações), é o primeiro passo para não temer ser enganado por possíveis perversões.

Thiago A. Borges de Azevedo
Blog Cavaleiros da Santa Mãe Igreja.

Padre Matheus Pigozzo: ABORTO MAIS UMA VEZ EM PAUTA

Como é triste ver a humanidade se levantar ferozmente contra si mesma. As manifestações de grupos a favor do aborto e também toda a doutrinação de uma juventude empenhada para promover a morte deveria tirar lágrimas de nossos olhos.

Pensem!


Por fé temos mais luzes pra ver o quanto isso é terrível, mas não se precisa usar dela para enxergar que o aborto não é digno do ser humano...
Vejam! 


Mesmo com o império do relativismo, todos se encolerizam quando algum criminoso tira a vida de alguém, ainda mais se for de uma pessoa trabalhadora, honesta... Ficamos indignado com a impunidade e imaginamos penas duríssimas para o autor do crime...


Padre Matheus Pigozzo: A zika da anticoncepção e o Papa

Caríssimos, depois da última entrevista de sua Santidade choveu confusão e desentendimentos sobre um tema muito importante da moral conjugal e, por fazer parte de meu apostolado e também por ser útil para o esclarecimento de muitos fiéis, tentarei pontuar algumas coisas sobre o tema.

Não faz muito tempo, apesar de parecer por ser uma época tão confusa, aprendi no seminário que existem dois tipos de leis: a divina e a humana. A lei divina, que é imutável, se divide em dois tipos: a natural - os princípios e normas acessíveis a todos os seres humanos inscritos na própria natureza do homem; e, o outro tipo, a lei divina positiva - a normativa que encontramos na revelação divina, aquilo que Deus revelou, pela Sagrada Escritura e Tradição, como lei para o homem.

A lei humana também se divide em dois tipos: a civil, por exemplo, as normas de trânsito; e as eclesiásticas, por exemplo, a cor do traje clerical; estas, nem precisava dizer, são totalmente mutáveis.

Portanto, toda a lei humana para ser justa deve, ao menos, não infligir a lei divina. A lei divina não pode ser alterada por ninguém, ninguém é ninguém mesmo, diferente das leis humanas que podem mudar de acordo com o tempo histórico e com o legislador.

Padre Demétrio Gomes: 25 Homilias, Palestras, Catequeses e Reflexões.















 
 
 
25: O Amor que dá a Vida

24: Os abusos litúrgicos

23: É preciso estar em Deus

22: Um companheiro ao nosso lado

21: Perguntas sobre sexo - Pe. Demétrio Gomes, Padre Paulo Ricardo e Dra. Roberta Castro

20: "Perseverar"

Dom Henrique Soares da Costa: Seleção de 42 Homilias/Palestras/Catequeses/Reflexões.

 
















42: Dom Henrique - A sacralidade da batina
Parte. 1: https://www.youtube.com/watch?v=Dl1ugt7MKWg
Parte. 2: https://www.youtube.com/watch?v=qMDA7a-e5Tw

41: Dom Henrique - O que é a consciência?
(https://www.youtube.com/watch?v=GVQshTNtCCc)

40: Dom Henrique partilha sobre "virtude"
(https://www.youtube.com/watch?v=twsUur3zBZs)

39: D.Henrique - (Como se age com justiça).
(https://www.youtube.com/watch?v=aiofQOsu6ao)

Dom Henrique Soares da Costa: Homilia deste Domingo (21/02/16)

Antes de tudo, duas observações:

(1) A Palavra de Deus, neste Domingo, apresenta-nos um contraste muito forte entre escuridão e luz: escuridão da noite do Pai Abraão e luz do Cristo transfigurado;

(2) Chama atenção, num tempo tão austero como a Quaresma, um evangelho tão esfuziante como o da Transfiguração. Não cairia melhor na Páscoa, este texto? Por que a Igreja o coloca aqui, no início do tempo quaresmal?


Comecemos pela primeira leitura. Aí, Abraão nos é apresentado numa profunda crise; Deus lhe havia prometido uma descendência e uma terra e, quase vinte e cinco anos após sua saída de sua pátria e de sua família, o Senhor ainda não lhe dera nada, absolutamente nada!

Numa noite escura, noite da alma, Abraão, não mais se conteve e perguntou: “Meu Senhor Deus, que me darás?” (Gn 15,2) Deus, então, “conduziu Abrão para fora e disse-lhe: ‘Olha para o céu e conta as estrelas, se fores capaz! Assim será a tua descendência!” Deus tira Abraão do seu mundozinho, de seu modo de ver estreito, da sua angústia, e convida-o a ver e sentir e compreender com os olhos e o coração do próprio Deus. “Abrão teve fé no Senhor”. Abraão esperou contra toda esperança, creu contra toda probabilidade, apostando tudo no Senhor, apoiando Nele todo seu futuro, todo o sentido de sua existência! Abraão creu! Por isso Deus o considerou seu amigo, “considerou isso como justiça!” E, como recompensa Deus selou uma aliança com nosso Pai na fé: “’Traze-me uma novilha, uma cabra, um carneiro, além de uma rola e uma pombinha’. Abrão trouxe tudo e dividiu os animais ao meio. Aves de rapina se precipitaram sobre os cadáveres, mas Abrão as enxotou. Quando o sol ia se pondo, caiu um sono profundo sobre Abrão e ele foi tomado de grande e misterioso terror”.


Padre Paulo Ricardo de Azevedo: Terça-feira da 2.ª Semana da Quaresma - Vaidade e hipocrisia (23/02/16)


Dom Alberto Taveira Corrêa: Conversa com Meu Povo (23/02/16)

Fonte: TV Nazaré

Dom Alberto Taveira Corrêa: Palavra de Vida Eterna (23/02/16)

 

Naquele tempo, 1Jesus falou às multidões e aos seus discípulos e lhes disse: 2“Os mestres da Lei e os fariseus têm autoridade para interpretar
a Lei de Moisés. 3Por isso, deveis fazer e observar tudo o que eles
dizem. Mas não imiteis suas ações! Pois eles falam e não praticam. 

4Amarram pesados fardos e os colocam nos ombros dos outros, mas eles
mesmos não estão dispostos a movê-los, nem sequer com um dedo.

5Fazem todas as suas ações só para serem vistos pelos outros. Eles usam
faixas largas, com trechos da Escritura, na testa e nos braços, e põem
na roupa longas franjas.
6Gostam de lugar de honra nos banquetes e dos primeiros lugares nas
sinagogas. 7Gostam de ser cumprimentados nas praças públicas e de serem
chamados de Mestre. 8Quanto a vós, nunca vos deixeis chamar de Mestre,
pois um só é vosso Mestre e todos vós sois irmãos. 9Na terra, não
chameis a ninguém de pai, pois um só é vosso Pai, aquele que está nos
céus. 10Não deixeis que vos chamem de guias, pois um só é vosso Guia,
Cristo. 11Pelo contrário, o maior dentre vós deve ser aquele que vos
serve. 12Quem se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será
exaltado”.

Palavra de Vida Eterna anunciada por dom Alberto Taveira Corrêa,
Arcebispo Metropolitano de Belém. TV Nazaré, Belém-PA.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Dom José Francisco Falcão de Barros: A Igreja e a Salvação!

Parte 1: (Aqui)
22 minutos
Parte 2: (Aqui)
21 minutos
Parte 3: (Aqui)
20 minutos
Parte 4: (Aqui)
18 minutos
Parte 5: (Aqui)
16 minutos 

Assista aos vídeos:

Parte 1
Parte 2
 Parte3
 Parte 4
 Parte 5 - Final
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Fonte: Católicos voltem para casa

Dom José Francisco Falcão de Barros: Formação básica para todo católico conhecer e defender a fé! (35 Aulas)

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Aula 35: Estrutura, elementos e partes da Missa X (Última)
(https://www.youtube.com/watch?v=PZ6DdCihNjs)

Aula 34: Estrutura, elementos e partes da Missa IX
(https://www.youtube.com/watch?v=HBWgDkLoX-c)

Aula 33: Estrutura, elementos e partes da Missa VIII
(https://www.youtube.com/watch?v=CLUW0uYAZm4)

Aula 32: Estrutura, elementos e partes da Missa VII
(https://www.youtube.com/watch?v=68a2TfT3nV8)

Aula 31: Estrutura, elementos e partes da Missa VI
(https://www.youtube.com/watch?v=zlQ_9JdGjmg)

Cátreda de São Pedro

Cristo escolheu São Pedro para ser o primeiro Papa da Igreja e o capacitou pelo Espírito Santo

É com alegria que hoje nós queremos conhecer um pouco mais a riqueza do significado da cátedra, do assento, da cadeira de São Pedro que se encontra na Itália, no Vaticano, na Basílica de São Pedro. Embora a Sé Episcopal seja na Basílica de São João de Latrão, a catedral de todas as catedrais, a cátedra com toda a sua riqueza, todo seu simbolismo se encontra na Basílica de São Pedro.
Fundamenta-se na Sagrada Escritura a autoridade do nosso Papa: encontramos no Evangelho de São Mateus no capítulo 6, essa pergunta que Jesus fez aos apóstolos e continua a fazer a cada um de nós: “E vós, quem dizei que eu sou?” São Pedro,0 em nome dos apóstolos, pode assim afirmar: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”.Jesus então lhe disse: “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi nem a carne, nem o sangue que te revelou isso, mas meu Pai que está no céus, e eu te declaro: Tu és Pedro e sobre essa pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela; eu te darei a chave dos céus tudo que será ligado na terra serás ligado no céu e tudo que desligares na terra, serás desligado nos céus”.
Logo, o fundador e o fundamento, Nosso Senhor Jesus Cristo, o Crucificado que ressuscitou, a Verdade encarnada, foi Ele quem escolheu São Pedro para ser o primeiro Papa da Igreja e o capacitou pelo Espírito Santo com o carisma chamado da infalibilidade. Esse carisma bebe da realidade da própria Igreja porque a Igreja é infalível, uma vez que a alma da Igreja é o Espírito Santo, Espírito da verdade.
Enfim, em matéria de fé e de moral a Igreja é infalível e o Papa portando esse carisma da infalibilidade ensina a verdade fundamentada na Sagrada Escritura, na Sagrada Tradição e a serviço como Pastor e Mestre.
De fato, o Papa está a serviço da Verdade, por isso, ao venerarmos e reconhecermos o valor da Cátedra de São Pedro, nós temos que olhar para esses fundamentos todos. Não é autoritarismo, é autoridade que vem do Alto, é referência no mundo onde o relativismo está crescendo, onde muitos não sabem mais onde está a Verdade.
Nós olhamos para Cristo, para a Sagrada Escritura, para São Pedro, para este Pastor e Mestre universal da Igreja, então temos a segurança que Deus quer nos dar para alcançarmos a Salvação e espalharmos a Salvação.
Essa vocação é do Papa, dos Bispos, dos Presbíteros, mas também de todo cristão.
São Pedro, rogai por nós!      

Retirado do site: http://santo.cancaonova.com/

domingo, 21 de fevereiro de 2016

Maria Refúgio dos pecadores



Quais são os pecadores que a Santíssima Virgem não protege? Apenas aqueles que desprezam a misericórdia de Deus e atraem sua maldição. Ela não é o refugio de quem persevera no mal, o blasfemo, o perjúrio, a magia, a luxúria, a inveja, a ingratidão, a avareza, o orgulho do espírito. Mas como Mãe de misericórdia, lhes envia de tempos em tempos graças de luz e de atração e se não resistem, serão conduzidos de graça em graça até a graça da conversão. Sugere para alguns por sua mãe que está morrendo que digam ao menos todos os dias uma Ave Maria; muitos sem mudar suas vidas, disseram essa prece que exprimia neles uma fraca veleidade de conversão, e chegado o último momento foram recolhidos a um hospital onde lhes perguntaram se quereria ver um padre para receber a absolvição; recebem-na como os operários da última hora chamados e salvos por Maria. Depois de quase dois mil anos, Maria é, assim, o refugio dos pecadores.

Réginald Garrigou-Lagrange, O.P.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

19/02. 1ª Semana da Quaresma. EVANGELHO DO DIA: Mt 5, 20-26. “... Deixa a tua oferta diante do altar e vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão”. O amor, o perdão e a reconciliação são a justiça de Deus, por isso, é bom averiguar como está o nosso coração quando fazemos a nossa oferta a Deus. Um coração fechado ao outro, torna a oferta vazia. O coração reconciliado é portador da paz de Cristo. Quaresma é tempo de reconciliação e Deus nos aguarda no sacramento da confissão, para isso, vamos abrindo o coração... Que Jesus e Maria abençoem o seu dia.

Pe. Amilton Manoel da Silva
Sacerdote Passionista
SEXTA-FEIRA DA QUARESMA. Reflitamos sobre a CRUZ - Nas últimas palavras de Cristo - o seu testamento final:

2. Lembra-te de mim quando entrares no teu Reino. Em verdade eu te digo: Hoje estarás comigo no paraíso – Lc 23, 42 - 43

Reflexão: A segunda palavra na cruz é um diálogo entre o justo e o pecador. O pecador confia e se entrega, o justo manifesta o poder do seu amor. “Lembra-te de mim...” Quando Deus se esquece de nós? Nunca! Já estávamos no seu coração antes mesmo da criação (Ef 1, 4). Quando nos esquecemos de Deus? Quase sempre: pela idolatria, pelo relaxamento na fé, pelo ativismo e de tantas outras formas. O esquecimento da Paixão de Cristo, para São Paulo da Cruz, é o esquecimento de Deus, que gera os males para a humanidade. “Hoje estarás comigo...” O tempo de Deus se dá no nosso tempo. Hoje, é a ação divina sempre presente, o Kairós que devemos vivenciar. Estar com Ele, permanecer na sua companhia, será sempre um desafio diante das ofertas e tentações do mundo. O Paraíso começa aqui e se prolongará por toda a eternidade.

Pergunte-se: O que tem me levado a esquecer de Deus?

Contemplação: Sentir-se amado por Deus. Ele nunca se esquece de nós – quem ama é sempre presença na vida da pessoa amada.

Oração: Senhor, lembra-te de mim quando eu me esquecer de Ti. Conceda-me a graça de ver a Tua presença no rosto dos meus irmãos, sobretudo naqueles que mais sofrem.


Padre Amilton Manoel da Silva
Sacerdote Passionista

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Salve Maria!!!!

Aqueles que dizem Amar tanto a Bíblia e se guiarem somente por ela, podem ser julgados mais severamente pelo próprio Verbo Divino e Deus Eterno, porque são capazes de carregá-lá debaixo do braço enquanto pisam na honra daquela em cujas entranhas, do corpo e da Alma, o mesmo Verbo Divino Se fez Carne de sua carne e Sangue de seu Sangue. Ora,a Palavra de Deus é Santa e registrada em papéis, enquanto o Verbo é Espírito e Vida registrado no AMOR e no Testemunho Vivo e Atuante da Santíssima Virgem.
 

"A palavra mata, o Espírito Vivifica".

A Palavra se faz depender da interpretação correta, enquanto o Verbo é a Verdade pronta e incontestável.

Rasgando o papel a palavra se esvai...se não ficou gravada na Alma
Ultrajado Maria,o próprio Verbo a defende com a Justiça e a Verdade que Ele É.


Maria Santíssima é o Livro Vivo em cujas células e fibras eternas, está impresso indelével o Verbo Eterno.
" Já não vivo, mas Cristo viver em mim".

Alzira Fátima - 18/02/2016
D. Antônio de Almeida Morais Júnior: A Igreja Católica Romana apresenta a fisionomia da mais intangível unidade.

A unidade da Igreja vem da própria essência da verdade. A verdade é essencialmente una. A sua realidade necessariamente impõe a adesão da nossa inteligência e do nosso coração. Os princípios ontológicos da nossa razão impõem a permanência da unidade da verdade, em qualquer terreno em que ela se situe. Por isso mesmo, a verdade foge ao relativismo e à dependência. É ela independente do tempo, do espaço e dos homens. Pois, na realidade, a que se reduziria, se ela devesse submeter-se ao capricho dos homens, às modificações dos momentos históricos ou dos lugares do espaço?
 
É por isso que a verdade não é uma criação da inteligência do homem. Os olhos humanos podem divisar astros na amplidão dos espaços, por si sós ou com o auxílio poderoso dos telescópios; não podem, porém, criá-los nos espaços vazios. Também a mente humana traz, em si, a capacidade para apreender a verdade, mas não pode criar a verdade.
 
Nem Deus cria a verdade, sendo Ele a Verdade Eterna, Infinita, Absoluta. A densidade metafísica do seu ser é a realidade absoluta e, por isso mesmo, a verdade absoluta. Deus manifesta a verdade. Foi por isso que Jesus Cristo não disse: eu sou o pregador da verdade, mas afirmou: "Eu Sou a Verdade". A própria verdade científica que é aquisição humana (não criação do homem, porém mera descoberta do homem) , exige essa unidade intangível, sem o que seria impossível a existência da ciência. A multiplicidade aparente da verdade científica existe enquanto os homens tateiam o terreno das hipóteses. Quando, porém, eles conseguem romper as camadas movediças das hipóteses e tocar a rocha eterna da verdade, a unidade se impõe com uma soberania absoluta.
 
Nem seria possível construir a ciência sem esse postulado essencial da unidade. Donde se depreende como a verdade religiosa, revelada por Deus, deve exigir essa profunda unidade. Já não se trata apenas desta ou daquela opinião de como se deve prestar à Deus um culto, mas da revelação do próprio Deus, ditando, diretamente ou pelos seus enviados, o modo pelo qual quer ser cultuado pelos homens.
 
Deste modo, ninguém pode presumir tenha o direito de escolher a doutrina religiosa, a seu capricho, para servir a Deus.
 
Só uma religião revestida de todas as garantias sobrenaturais da revelação pode seguramente impor ao homem o verdadeiro caminho a seguir.
 
É coisa tão natural ao nosso espírito, à nossa inteligência, que jamais poderíamos imaginar que a verdadeira religião não implicasse a falsidade de todas as outras. Só uma religião pode ser verdadeira e só é verdadeira aquela que conserva, através dos séculos e dos espaços, a mais perfeita unidade doutrinária.
 
Sob esse aspecto, a Igreja Católica Romana apresenta a fisionomia da mais intangível unidade. Nós que nos acostumamos a contemplar as instituições simplesmente humanas no desenrolar dos séculos, sabemos que jamais puderam conservar essa nota dominante. Até mesmo esse sinal da precariedade das coisas dos homens deveria servir como índice evidente para distinguirmos o que é humano do que é divino.
A história aí está para testemunhar a eterna versatilidade das coisas humanas. [...]
 
Recife, 1º. de fevereiro de 1958. 
†Antônio, Arcebispo Metropolitano de Olinda e Recife.
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Fonte: Prefácio do Livro «Legítima Interpretação da Bíblia, Lúcio Navarro - 1958» (Alexandria Católica)

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Papa Francisco no México

Não somos, nem queremos ser funcionários do divino; não somos, nem o queremos ser jamais, empregados de Deus, porque fomos convidados a participar na sua vida, fomos convidados a encerrar-nos no seu coração, um coração que reza e vive dizendo:  Pai Nosso ...”  


terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Hoje em dia, o que se mais escuta é: "SE JOGA!..."

"Se joga" no pecado!
"Se joga" no mundo!
"Se joga" na bebida!
"Se joga" no que pintar! Tudo está tudo tão normal, porém, para o cristão, tudo é permitido, mas, nem tudo o convém, nem tudo é tão proveitoso como parece, nem tudo dignifica a pessoa que busca a face do Senhor.
Digo para você, meu irmão, "Se joga", sim, mas, no Colo de Jesus... porque Ele é O único a lhe oferecer uma alegria autêntica, sem fim e verdadeira! É só provar e isso, se confirmará por completo em sua vida! Experimenta!


(Autora: Ana Betânia)

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

A evocação dos espíritos dos mortos



A evocação ou a manifestação provocada das almas dos falecidos, que são os "espíritos" do espiritismo, especifica, caracteriza e define o movimento suscitado por Allan Kardec. Sem evocação não há espiritismo. A evocação é a base da doutrina exposta em O livro dos espíritos, como se afirma no próprio subtítulo: "Segundo os ensinos dados por espíritos superiores com o concurso de diversos médiuns"; e como se explica amplamente na introdução. Em 1861 Allan Kardec publicou sua segunda obra considerada fundamental: O livro dos médiuns, com este significativo subtítulo: "Guia dos médiuns e dos evocadores". Todo o capítulo XXV é dedicado à evocação. Sua exposição neste capítulo inicia com esta afirmação: "Os espíritos podem comunicar-se espontaneamente, ou acudir ao nosso chamado, isto é, vir por evocação".

Nestas palavras já temos uma espécie de definição do termo "evocação": "Acudir ao nosso chamado". Lembra em seguida Allan Kardec que algumas pessoas acham que se deve deixar de chamar por determinado espírito, pois nenhuma certeza poderíamos ter de entrarmos realmente em comunicação com o espírito desejado, já que estamos rodeados de espíritos brincalhões e galhofeiros que se aproveitariam da oportunidade para nos enganar; por isso, dizem, seria melhor fazer uma evocação muito genérica e esperar que determinado espírito se apresente então espontaneamente. Allan Kardec não nega este tipo de manifestações "espontâneas" (que, no entanto, sempre seria provocado ou produzido mediante o médium), mas não concorda com o parecer que acabara de expor: "Primeiramente, porque há sempre em torno de nós espíritos, as mais das vezes de condição inferior, que outra coisa não querem senão comunicar-se; em segundo lugar, e mesmo por esta última razão, não chamar a nenhum em particular é abrir a porta a todos os que queiram entrar.

Numa assembléia, não dar a palavra a ninguém é deixá-la livre a toda a gente e sabe-se o que daí resulta. A chamada direta de determinado espírito constitui um laço entre nós e ele; chamamo-lo pelo nosso desejo e opomos assim uma espécie de barreira aos intrusos. Sem uma chamada direta, um espírito nenhum motivo terá muitas vezes para confabular conosco".

Aí está bem claramente definido o pensamento de Kardec e o propósito espírita: chamar ou evocar diretamente bem determinado falecido para confabular conosco. Allan Kardec insiste: "Quando se deseja comunicar com determinado espírito, é de toda necessidade evocá-lo".

Esta é base do espiritismo.

Sobre este fundamento será agora necessário fazer algumas ponderações.

1. SERÁ POSSIVEL COMUNICAR-SE COM OS FALECIDOS?


Nós cristãos católicos admitimos e proclamamos a imortalidade da alma. Cremos na sua sobrevivência consciente logo depois da separação do corpo pela morte. Acreditamos que as almas dos falecidos continuam solidárias com os que ainda vivemos nesta peregrinação terrestre. Professamos nossa fé na comunhão dos santos. Podemos comunicar-nos com os falecidos mediante a oração invocativa. [...]

Não seria possível, então, que os falecidos também se comunicassem conosco?

A doutrina cristã sobre a comunhão dos santos se refere à comunicação mútua de bens espirituais, no plano inteiramente imperceptível da fé. É certo que a Bíblia menciona várias vezes aparições perceptíveis de espíritos do além. Assim o evangelista Lucas nos relata que "o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um varão chamado José, da casa de Davi; e o nome da virgem era Maria. Entrando na casa onde ela estava, disse-lhe: 'Alegra-te, cheia de graça, o Senhor é contigo'" (Lc 1,26-28). Jesus ressuscitado apareceu a Saulo a caminho de Damasco e falou com ele (cf. At 9). A Igreja aprovou aparições de Nossa Senhora em Lourdes e em Fátima.

Trata-se, nestes casos, evidentemente, de comunicações perceptíveis vindas do além. A fé cristã, por conseguinte, admite não somente a mera possibilidade de comunicações sensíveis, mas afirma fatos reais deste tipo de trato entre o além e o aquém.

Não devemos, porém, esquecer que Lucas nos informa que o Anjo "foi enviado por Deus". Quem negará a Deus todo-poderoso a capacidade de enviar-nos seus mensageiros? Quando Deus manda, a iniciativa é sua; e a consequente manifestação do além toma para nós um caráter espontâneo.

Bem outra é a situação quando a iniciativa é nossa, querendo nós provocar alguma conversação com entidade do além. Quem pretende provocar a manifestação de algum falecido para dele receber mensagem ou notícia pratica um ato chamado pelos antigos de necromancia, expressão que vem do grego nekrós = falecido e mantéia = adivinhação. E quem intenta comunicar-se com o além com o fim de colocá-lo a serviço do homem realiza um ato já conhecido pelos antigos como magia. Quando a esperada ação da evocada entidade do além é a favor do homem ou para o bem, chama-se magia branca, mas será sempre "magia". E se for para o mal, será magia negra ou malefício, feitiçaria, bruxaria.

Tais comunicações provocadas do além, seja na forma de necromancia, seja na de magia (branca ou negra, pouco importa), são conhecidas também como evocação. Há diferença fundamental entre invocação e evocação: esta sempre pretende uma comunicação perceptível provocada por iniciativa do homem; aquela é apenas uma forma de prece ou súplica.

É evidente que a invocação é um ato bom e cristão, expressão da comunhão dos santos.

Mas que dizer da evocação?

Para esta pergunta recebemos da revelação divina resposta clara e insistente:

Êxodo 22,17: "Não deixarás viver os feiticeiros". Aqui, a palavra "feiticeiros" engloba todos aqueles que praticam qualquer tipo de evocação: necromantes e magos, sem excluir os que se entregam à magia branca. Deviam ser condenados à morte.

Levítico 19,31: "Não vos voltareis para os necromantes nem consultareis os adivinhos, pois eles vos contaminariam. Eu sou Iahweh, vosso Deus".

Levítico 20,6: "Aquele que recorrer aos necromantes e aos adivinhos para ter comunicação com eles, voltar-me-ei contra esse homem e o exterminarei do meio de seu povo". Portanto são condenados também aqueles que simplesmente consultam os necromantes.

Levítico 20,27: "O homem ou a mulher que entre vós forem necromantes ou adivinhos serão mortos; serão apedrejados, e o seu sangue cairá sobre eles".

Deuteronômio 18,10-14: "Que em teu meio não se encontre alguém que faça presságio, oráculos, adivinhação ou magia, ou que pratique encantamentos, que interrogue espíritos ou adivinhos, ou evoque os mortos, pois quem pratica essas coisas é abominável a Iahweh, e é por causa dessas abominações que Iahweh teu Deus os desalojará em teu favor. Tu serás íntegro para com Iahweh teu Deus. Eis que as nações que vais conquistar ouvem oráculos e adivinhos. Quanto a ti, isso não te é permitido por Iahweh teu Deus".

2Reis 17,17, enumerando as infidelidades de Israel, pelos quais foi castigado: "... Praticaram a adivinhação e a feitiçaria e venderam-se para fazer o mal na presença de Iahweh, provocando sua ira. Então Iahweh irritou-se sobremaneira contra Israel e arrojou-o para longe de sua face..."

2Reis 21,6: descrição dos crimes do rei Manassés: "Praticou encantamentos e a adivinhação, estabeleceu necromantes e adivinhos e multiplicou as ações que Iahweh considera más, provocando assim a sua ira".

Isaias 8,19-20: o profeta se levanta contra aqueles que dizem: "Consultai os necromantes e os adivinhos que sussurram e murmuram".

Destaque especial merece a consulta do rei Saul à necromante de Endor, narrada em 1 Sm 28,3-25. Estando em dificuldades na guerra contra os filisteus, e sem saber o que fazer, o rei Saul disse aos seus servos: "Buscai-me uma necromante para que eu lhe fale e a consulte". Informaram-lhe os servos que havia uma na localidade de Endor, ao sul do monte Tabor. Saul então disfarçou-se e, de noite, acompanhado de dois homens, foi à casa da necromante (os espíritas diriam "médium") e lhe pediu para evocar o falecido Samuel. Segundo o texto, Samuel de fato compareceu e disse a Saul: "Por que perturbas o meu repouso, evocando-me?" Saul respondeu: "É que estou em grandes angústias. Os filisteus guerreiam contra mim, Deus se afastou de mim, não me responde mais. Então vim te chamar para que me digas o que tenho que fazer". Respondeu Samuel: "Por que me consultas, se Iahweh se afastou de ti e se tornou teu adversário?" E lhe anunciou os castigos de Deus.

Em Eclesiástico 46,20 lemos a respeito deste caso de evocação: "Mesmo depois de morrer, (Samuel) profetizou, anunciou ao rei (Saul) seu fim, do seio da terra elevou sua voz para profetizar, para apagar a iniqüidade do povo". Segundo os textos citados, parece que se deve admitir que o falecido Samuel, evocado pela necromante de Endor, realmente compareceu. Todo o contexto, todavia, deixa evidente que se trata de caso excepcional, sendo a evocação não a causa, mas a ocasião aproveitada por Deus para autorizar o comparecimento do falecido profeta e anunciar os castigos ao rei desobediente e infiel. Deste episódio singular não se pode inferir que nos outros casos os necromantes e magos conseguissem de fato fazer comparecer os falecidos evocados.

Aliás, em 1Crônicas 10,13-14, somos assim informados acerca do fim do rei: "Saul pereceu por se ter mostrado infiel para com lahweh, não seguira a palavra de Iahweh e, além disso, interrogara e consultara uma necromante. Não consultou a Iahweh, que o fez perecer e transferiu a realeza a Davi, filho de Jessé".

Clara, repetida, enérgica e severíssima é, pois, a proibição divina de evocar os falecidos. E este mandamento divino não foi revogado na Nova Aliança. Eis alguns exemplos:

Em Atos 13,6-12, Paulo e Barnabé encontram em Pafos um judeu "mago e falso profeta" que se opunha à missão apostólica dos dois. Paulo, repleto do Espírito Santo, lhe disse: "Ó filho do diabo, cheio de toda a falsidade e malícia, inimigo de toda justiça, não cessas de perverter os retos caminhos do Senhor? Eis que agora o Senhor faz pesar sobre ti a sua mão".

Em Atos 16,16-18, Paulo, estando em Filipos, dá com uma jovem escrava "que tinha um espírito de adivinhação e obtinha para seus amos muito lucro, por meio de oráculos". Paulo disse ao espírito que estava na jovem: "Eu te ordeno em nome de Jesus Cristo: sai desta mulher!" E o espírito saiu no mesmo instante.

Em Atos 19,11-20 descreve-se a atividade e a pregação de Paulo em Éfeso, com este resultado: "Muitos daqueles que haviam crido vinham-se confessar e revelar suas práticas. Grande número dos que se haviam dado à magia amontoavam os seus livros e os queimavam em presença de todos. E estimaram o valor deles em cinqüenta mil peças de prata". Deviam ser muitos os livros de magia! O fato de eles queimarem estes livros só se explica se admitirmos que o Apóstolo falou fortemente contra as práticas da magia.

Na carta aos Gálatas (5,20-21) declara o mesmo Apóstolo que os que praticam a magia "não herdarão o Reino de Deus". E são João, no Apocalipse, revela que a porção dos magos se encontra no lago ardente de fogo e enxofre (21,8); e que, na hora do julgamento, os magos ficarão de fora da Cidade Eterna (22,15).

Posteriormente, a Igreja sempre se manteve fiel a esta rigorosa interdição divina de evocar os falecidos. No último Concílio, o Vaticano II, em 1964, a Constituição Lumen Gentium, temendo que a doutrina sobre nossa comunicação espiritual com os falecidos pudesse dar azo a interpretações do tipo espiritista, acrescentou ao texto do n. 49 a nota n. 2, "contra qualquer forma de evocação dos espíritos", coisa que, esclareceu a Comissão teológica responsável pela redação do texto, nada tem a ver com a "sobrenatural comunhão dos santos". A Comissão definiu então mais claramente o que se proibia: "A evocação pela qual se pretende provocar, por meios humanos, uma comunicação perceptível com os espíritos ou as almas separadas, com o fim de obter mensagens ou outros tipos de auxílio". O Concílio Vaticano II nos remete então a vários documentos anteriores da Santa Sé (já no dia 27-9-1258 o papa Alexandre IV falara disso), principalmente à declaração de 4-8-1856 e à resposta de 24-4-1917. Na declaração de 4-8-1856, precisamente quando Allan Kardec se iniciava no espiritismo, era repetida a proibição de "evocar as almas dos mortos e pretender receber suas respostas". No documento de 24-4-1917 se declarava ilícito "assistir a sessões ou manifestações espiritistas, sejam elas realizadas ou não com o auxílio de um médium, com ou sem hipnotismo, sejam quais forem estas sessões ou manifestações, mesmo que aparentemente simulem honestidade ou piedade; quer interrogando almas ou espíritos, ou ouvindo-lhes as respostas, quer assistindo a elas com o pretexto tácito ou expresso de não querer ter qualquer relação com espíritos malignos".

No dia 31-3-1892 a Santa Sé publicou sua resposta oficial a um caso imaginado de evocação no qual as circunstâncias descritas eram as mais favoráveis. Eis a exposição do caso, a pergunta e a resposta:

"Tito, depois de excluir qualquer comunicação com o mau espírito, tem o costume de evocar as almas dos defuntos. Costuma proceder da seguinte maneira: Quando está só, sem outra preparação, dirige uma prece ao príncipe da milícia celeste a fim de obter dele o poder de comunicar-se com o espírito de determinada pessoa. Espera algum tempo; depois, enquanto conserva a mão pronta para escrever, sente um impulso que lhe dá a certeza da presença do espírito. Expõe então as coisas que deseja saber e sua mão escreve as respostas a estas questões. Tais respostas concordam inteiramente com a fé católica e a doutrina da Igreja acerca da vida futura. Geralmente elas falam sobre o estado em que se encontra a alma do tal falecido, pedem sufrágios etc. É lícito proceder desta maneira?"

A resposta oficial, aprovada pelo papa Leão XIII, foi categórica:

"O que foi exposto não é permitido".

2. REJEIÇÃO CRISTÃ DA REVELAÇÃO MEDIANTE FALECIDOS

Por que tão rigorosa interdição? Não poderíamos ser positivamente ajudados pela instrução dos falecidos? Ou quererá Deus deixar-nos na ignorância acerca dos acontecimentos depois da morte?

O próprio Jesus nos deu a resposta na parábola do pobre Lázaro e do rico epulão (cf. Lc 16,19-31). Ambos morrem e são julgados, cada um de acordo com a vida que levou nesta terra. Lázaro "foi levado pelos anjos ao seio de Abraão", isto é, ao céu. O rico avarento é condenado ao inferno. A diferença entre os dois, depois da morte, é grande. O falecido rico gozador implora: "Pai Abraão, tem piedade de mim e manda que Lázaro molhe a ponta do dedo para me refrescar a língua, pois estou torturado nesta chama". Mas a separação entre ambos é definitiva e a comunicação, impossível. A resposta do céu é clara e dura:

"Entre vós e nós existe um grande abismo, de modo que aqueles que quiserem passar daqui para junto de vós não o podem, nem tampouco atravessarem os de lá até nós" (v. 26).

O falecido epulão insiste num pedido com filantrópica proposta: "Pai, eu te suplico, envia então Lázaro até a casa de meu pai, pois tenho cinco irmãos; que ele os advirta, para que não venham eles também para este lugar de tormento". Era uma sugestão que parecia muito boa. Estabelecer-se-ia um útil intercâmbio entre os do além, com seus novos conhecimentos, e os da terra, sempre necessitados de esclarecimento e orientação. No entanto, a resposta do céu é seca:

"Eles têm Moisés e os Profetas; que os ouçam!" (v. 29).

Mas o proponente insiste, com uma justificação: "Não, pai Abraão, se alguém dentre os mortos for procurá-los, eles se converterão". A razão parecia óbvia. É a solução proposta também pelos atuais movimentos espiritistas. Se é verdade que as almas dos falecidos sobrevivem conscientemente e que elas continuam solidárias conosco, afirmações que são corroboradas pela Bíblia e ensinadas pela Igreja católica, por que não poderia o Criador escolher esta via para trazer revelações úteis do além? A resposta do céu, entretanto, segundo Jesus, é sem rodeios:

"Se não escutam nem a Moisés nem aos Profetas, mesmo que alguém ressuscite dos mortos, não se convencerão" (v. 31).

É a rejeição pura e simples da via espiritista.

Deus certamente "quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade" (lTm 2,4). Ele não quer deixar-nos na ignorância. Mas o Criador dos homens escolheu outra via para instruí-los sobre o sentido da vida e o destino eterno. Na Constituição dogmática Dei Verbum, de 1965, o Concílio Vaticano II resume no n. 2 assim o plano divino da revelação:

"Aprouve a Deus, em sua bondade e sabedoria, revelar-se a si mesmo e tornar conhecido o mistério de sua vontade (cf. Ef 1,9), pelo qual os homens, por intermédio de Cristo, Verbo feito carne, e, no Espírito Santo, têm acesso ao Pai e se tornam participantes da natureza divina. Mediante esta revelação, portanto, o Deus invisível, levado por seu grande amor, fala aos homens como a amigos (cf. Ex 33,11; JO 15,14-15), e com eles se entretém para os convidar à comunhão consigo e nela os receber. Este plano de revelação se concretiza através de acontecimentos e palavras intimamente conexos entre si, de forma que as obras realizadas por Deus na história da salvação manifestam e corroboram os ensinamentos e as realidades significadas pelas palavras. Estas, por sua vez, proclamam as obras e elucidam o mistério nelas contido. No entanto, o conteúdo profundo da verdade, seja a respeito de Deus, seja da salvação do homem, se nos manifesta por meio dessa revelação em Cristo, que é ao mesmo tempo mediador e plenitude de toda a revelação".

Deste plano de revelação estão excluídos os falecidos. Depois de Moisés e dos Profetas, Deus nos enviou seu Filho, o Verbo eterno que ilumina todos os homens, para que habitasse entre os homens e lhes expusesse os segredos de Deus (cf. JO 1,1-18). Com Jesus recebemos a plenitude da revelação necessária para a nossa salvação. Ele se apresenta a si mesmo com uma declaração solene: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida" (Jo 14,6). Ele está "cheio de verdade" (Jo 1,14). "Nele se acham escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento" (Cl 2,3). Ele é pessoalmente o anunciado e prometido Emanuel, Deus-com-os-homens. Ele é para nós como a nuvem luminosa do Êxodo: "Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida" (Jo 8,12). Ele é a luz das gentes (Lc 2,32), o sol nascente que ilumina os que estão nas trevas (Lc 1 ,78s.). "Eu, a luz, vim ao mundo para que aquele que crê em mim não permaneça nas trevas" (Jo 12,46).

Não necessitamos perturbar o repouso dos falecidos (cf. 1Sm 28,15). O Concílio Vaticano II, na citada Constituição Dei Verbum (n. 4b), nos garante que "a economia cristã, como aliança nova e definitiva, jamais passará, e já não há que esperar nenhuma nova revelação pública antes da gloriosa manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo (cf. lTm 6,14; Tt 2,13)".

Não haverá "terceira revelação".

O espiritismo, que pretende ser precisamente esta "terceira revelação", não só não entra nos planos de Deus Revelador, mas se opõe à economia divina.

Vale a pena ler este livro:


ESPIRITISMO: ORIENTAÇÃO PARA OS CATÓLICOS

Autor: fr. Boaventura Kloppenburg
Editora: Loyola 
     Cardeal Joseph Ratzinger: A Obediência a Igreja
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Resumo

No conflito do cenário mundial atual entre fé e obediência o, então Cardeal Ratzinger (Bento XVI), em um pronunciamento datado do ano de 1988, já parecia aludir de certa forma a crise que se instalaria no cristianismo um pouco mais tarde, com uma força surpreendente e aparentemente sem precedentes. Em seu discurso poder-se-á mais uma vez tomar consciência donde vem algumas armadilhas e de como conseguir combate-las, mas principalmente de como manter nosso principal poder intacto: A Esperança.

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Por: Joseph Ratzinger (Bento XVI)
(Janeiro de 1988)

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Santa Eulália

SANTA EULÁLIA12/02

Lembramos neste dia a santidade de Eulália, virgem e mártir. Viveu em Barcelona no fim do século III numa família que a educou para o bem e para a fé em Jesus Cristo. 
Quando pequena Eulália gostava da companhia das amigas cristãs , e por outro lado fugia do pecado e era inimiga da vaidade. Aconteceu que possuía apenas 14 anos quando chegou à Espanha a perseguição contra os cristãos por parte do terrível Diocleciano; Eulália soube dos fatos e desejou alegremente o martírio, para assim glorificar e estar com o Cristo. 
Os pais religiosos pais resolveram viajar a fim de esconderem-se juntamente com a menina, mas uma noite, em segredo, ela deixou sua casa em direção à cidade. Diz-se que um cortejo de anjos iluminava o caminho de Eulália. De manhã, diante do palácio do governador, ela elevava a voz contra os perseguidores e defendia os cristãos. 
O imperador não sabia o que fazer. Tentou convencê-la a adorar os deuses romanos. Além disso, se Eulália abandonasse Jesus Cristo, ela seria presenteada com ouro e jóias e seus pais seriam também agraciados. Ao ouvir tal proposta, Eulália olhou diretamente para o governador e respondeu-lhe: "Não perca seu tempo. Mande logo que me torturem e matem, pois nunca abrirei mão da minha fé". 
Diante da fé e coragem da jovem Eulália o governador mandou os algozes queimarem o seu corpo com ferros em brasa, e sua oração durante o sofrimentos era esta: "Agora, ó Jesus, vejo no meu corpo os traços de vossa sagrada paixão ". 
Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR