07/02. Lc 5,1-11: “NA TUA PALAVRA LANÇAREI AS REDES.”
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Isso quer dizer: em obediência a Ti voltarei a lançar as redes,
quantas vezes for pedido. “Pescamos a noite toda” indica toda luta e
esforço do ser humano fora da obediência. Quantos projetos de
felicidade, quantas estratégias de sucesso, tudo fadado ao falimento. A
abundância que interessa vem da obediência. Os objetivos que contam e a
felicidade que pacifica o coração não vêm da labuta, mas são dons. Adão
pensou que a sabedoria que o igualaria a Deus viria de ‘colher’ o fruto.
Jesus ensina que vem de ‘acolher’ como graça a vida. Senhor, dá-nos a
graça de um entendimento profundo de quem somos nós e de quem és Tu.
Amém!
Pe. José Otácio Guedes (Fonte)
Sacerdote da Arquidiocese de Niterói (RJ)
domingo, 7 de fevereiro de 2016
sábado, 6 de fevereiro de 2016
Ainda sobre o carnaval, o último artigo deste ano falando sobre o carnaval!
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Perdoem-me os Sacerdote que tentam dar uma amenizada na gravidade dos pecados do carnaval para torná-lo, quem sabe, um pouco digno de nossa presença cristã, mas, com todo o respeito e amor eu fico com o exemplo e os riquíssimos conselhos e ensinamentos dos Santos que já estão no Céu e que, mais do que ninguém conheceram, trilharam e alcançaram a Salvação e hoje são luz que ajudam a iluminar nossas mentes, nos indicam a vida que devemos levar como cristãos católicos para que, também nós, alcancemos o Céu e nos encontremos com Deus e com eles. Os Santos são nossos exemplos. Não falarei quase nada aqui sobre o carnaval com minhas palavras, mas com as palavras dos Santos e, lembremos: A Igreja tem Dois Mil Anos, Ela não é uma Igreja em inicio de caminhada que está em aperfeiçoamento doutrinário, Ela tem uma Doutrina, milhares e milhares de exemplos nos altares e, uma vasta Patrística, Escolástica entre outros estudos, inclusive recentes que, devem ser estudados também:
Santa Faustina Kowalska diz: “Nestes dois últimos dias de carnaval, conheci um grande acúmulo de castigos e pecados. O Senhor deu-me a conhecer num instante os pecados do mundo inteiro cometidos nestes dias. Desfaleci de terror e, apesar de conhecer toda a profundeza da misericórdia divina, admirei-me que Deus permita que a humanidade exista” (Diário, 926).
São Francisco de Sales dizia: "Numa palavra, todos os santos, porque amaram a Jesus Cristo, esforçaram-se por santificar o mais possível o tempo de carnaval. Meu irmão, se amas também este Redentor amabilíssimo, imita os santos. Se não podes fazer mais, procura ao menos ficar, mais do que em outros tempos, na presença de Jesus sacramentado, ou bem recolhido em tua casa, aos pés de Jesus crucificado, para chorar as muitas ofensas que lhe são feitas."
São Vicente Ferrer dizia: “O carnaval é um tempo infelicíssimo, no qual os cristãos cometem pecados sobre pecados, e correm à rédea solta para a perdição”.
Santo Afonso Maria de Ligório escreve: “Não é sem razão mística que a Igreja propõe hoje à nossa meditação, Jesus Cristo predizendo a sua dolorosa Paixão. Deseja a nossa boa Mãe que nós, seus filhos, nos unamos a ela na compaixão de seu divino Esposo, e o consolemos com os nossos obséquios; porquanto, os pecadores, nestes dias mais do que em outros tempos, lhe renovam os ultrajes descritos no Evangelho. Nestes tristes dias os cristãos, e quiçá entre eles alguns dos mais favorecidos, trairão, como Judas, o seu divino Mestre e o entregarão nas mãos do demônio. Eles o trairão, já não às ocultas, senão nas praças e vias públicas, fazendo ostentação de sua traição! Eles o trairão, não por trinta dinheiros, mas por coisas mais vis ainda: pela satisfação de uma paixão, por um torpe prazer e por um divertimento momentâneo. Uma das baixezas mais infames que Jesus Cristo sofreu em sua Paixão, foi que os soldados lhe vendaram os olhos e, como se ele nada visse, o cobriram de escarros, e lhe deram bofetadas, dizendo: Profetiza agora, Cristo, quem te bateu? Ah, meu Senhor! Quantas vezes esses mesmos ignominiosos tormentos não Vos são de novo infligidos nestes dias de extravagância diabólica? Pessoas que se cobrem o rosto com uma máscara, como se Deus assim não pudesse reconhecê-las, não têm vergonha de vomitar em qualquer parte palavras obscenas, cantigas licenciosas, até blasfêmias execráveis contra o Santo Nome de Deus. Sim, pois se, segundo a palavra do Apóstolo, cada pecado é uma renovação da crucifixão do Filho de Deus. Nestes dias Jesus será crucificado centenas e milhares de vezes” (Meditações).
Santa Teresa dos Andes escreve: “Nestes três dias de carnaval tivemos o Santíssimo exposto desde a uma, mais ou menos, até pouco antes das 6 h. São dias de festa e ao mesmo tempo de tristeza. Podemos fazer tão pouco para reparar tanto pecado...” (Carta 162).
Santo Agostinho: “Senhor, faze-me sentir toda a tua dor e todo o amor que experimentaste na tua paixão: toda a dor, para que eu aceite toda a minha dor neste mundo; e todo o amor para que eu recuse todo amor mundano”.
(Fonte das frases: Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Carnaval: Vômito e esterco de satanás”)
- E para finalizar, o que nos diz a Sã Doutrina sobre tais eventos que expõe a visão do fiel toda a espécie de imoralidade carnal? Eis o que diz o nosso Catecismo:
«§2525. A pureza cristã exige uma purificação do ambiente social. Exige dos meios de comunicação social uma informação preocupada com o respeito e o recato. A pureza de coração liberta do erotismo difuso e afasta dos espetáculos que favorecem a curiosidade mórbida e a ilusão.(fonte: Catecismo online do Vaticano)»
- Repito o que já disse a uns dias atrás:
[...] não estamos em tempos que nos permitam o privilégio de nos expormos aos perigos do mundo, pois provavelmente a vontade da carne falará mais alto, não somos santos, ainda caminhamos em busca da santidade. Não adianta muita coisa falar em consciência cristã, sejamos honestos, na hora do "gostoso" diante das belíssimas propostas do pecado, eu, você e qualquer um corre gigantescos riscos de cair, não nos iludamos, é preciso fugir do pecado se quisermos de fato vencê-lo: «A batalha contra o pecado é a única batalha na qual vence aquele que foge. (São Felipe Neri)»
- Ainda falando o sobre o grandioso Santo Afonso de Ligório, ele em um de seus sermões no ensinava e hoje precisamos prestar mais a atenção nesses conselhos santos:
Misericórdia e justiça divinas: infinitas
"Santo Agostinho observa que, para enganar os homens, o demônio emprega ora o desespero, ora a confiança.
Após o pecado, o demônio nos mostra o rigor da justiça de Deus para que desconfiemos de Sua misericórdia. Entretanto, antes do pecado, o demônio nos coloca diante dos olhos a grande misericórdia de Deus, a fim de que o receio dos castigos, devidos ao pecado, não nos impeça de satisfazer nossas paixões....
"Essa misericórdia sobre a qual vós contais para poder pecar, dizei-me, quem vo-la prometeu? Não Deus, certamente, mas o demônio, obstinado em vos perder. Cuidado!, diz São João Crisóstomo, de dar ouvidos a este monstro infernal que vos promete a misericórdia celeste....
"'Deus é cheio de misericórdia, eu pecarei e em seguida confessar-me-ei'. Eis aí a ilusão, ou antes, a armadilha que o demônio usa para arrastar tantas almas ao inferno!....
"Nosso Senhor, aparecendo um dia a Santa Brígida, queixou-Se: Eu sou justo e misericordioso, mas os pecadores não querem ver senão minha misericórdia (Ego sum justos et misericors; peccatores tantum misericordem me existimant - Rev. 1. I. c. 5). Não duvideis, diz São Basílio, que Deus é misericordioso, mas saibamos que Ele é também justo, e estejamos bem atentos para não considerar apenas uma metade de Deus. Uma vez que Deus é justo, é impossível que os ingratos escapem do castigo.... Misericórdia! Misericórdia! Sim, mas para aquele que teme a Deus, e não para aquele que abusa da paciência divina!".
(Sermons de S. Alphonse de Liguori, Analyses, commentaires, exposé du système de sa prédication, par le R.P. Basile Braeckman, de la Congrégation du T. S. Rédempteur, Tome Second. Jules de Meester-Imprimeur-Éditeur, Roulers, pp. 55-60).
- Ainda falando mais um pouco sobre os conselhos de Santo Afonso de Ligório, dizia ele ainda sobre se expor ao pecado:
"Um sem número de cristãos se perde por não querer evitar as ocasiões de pecado. Quantas almas lá no inferno não se lastimam e queixam: Infeliz de mim! Se tivesse evitado aquela ocasião, não estaria agora condenado por toda a eternidade!"
O Espírito Santo diz: “Quem ama o perigo nele perecerá” (Ecli 3, 27). Segundo S. Tomás, a razão disso é que Deus nos abandona no perigo quando a ele nos expomos deliberadamente ou dele não nos afastamos. São Bernardino de Sena diz que dentre todos os conselhos de Jesus Cristo, o mais importante e como que a base de toda a religião, é aquele pelo qual nos recomenda a fuga da ocasião de pecado. [...] S. Pedro nos afirma que o demônio rodeia cada alma para ver se a pode tragar: “Vosso adversário, o demônio, vos rodeia como um leão que ruge, procurando a quem devorar” (I Ped 5, 8). São Cipriano, explicando essas palavras, diz que o demônio espreita uma porta por onde possa entrar na alma; logo que se oferece uma ocasião perigosa, diz consigo mesmo: ‘eis a porta pela qual poderei entrar’, e imediatamente sugere a tentação. [...]
"Oh! Quantos cristãos, que se davam ao exercício da oração e da comunhão e, mesmo, levavam uma vida santa, não caíram nas garras do demônio, porque se expuseram ao perigo."
(Fonte: Santo Afonso Maria de Ligório, Escola da Perfeição Cristã, Compilação de textos do Santo Doutor pelo padre Saint-Omer, CSSR, IV Edição, Editora Vozes, Petrópolis: 1955, páginas 44-48)
Nos preparemos espiritualmente para a Quaresma com muita oração, meditação, confissão e indo a Santa Missa ao menos todos os Domingos!
E mais uma vez perdão por discordar da maioria, antes de alguém pensar de desferir uma "condenação" contra a minha pessoa, lembrem-se que eu apenas citei os Santos que são os exemplos de todos nós cristãos: «Fazer a vontade de Deus é fazer o que Deus quer e querer o que Deus faz. (Santo Afonso de Ligório)»
Muito mais teria a escrever sobre o que ensinou Santo Afonso e outros Santos e Santas da Igreja de Cristo, mas, se com isto aqui, talvez, muitos estejam até se revoltando contra os Santos, imagine se conhecerem tudo o que os Santos ensinaram contra o pecado... Então, já está de bom tamanho o que aqui foi exposto, ao menos para deixar claro que, repudiar o carnaval -e qualquer outro evento pecaminoso- não vai contra a Doutrina da Igreja, a menos que consideremos que estes Santos desobedeceram a Igreja com esses ensinamentos/conselhos.
Rezemos por todas as almas, pedindo a Deus que perdoe a nossa fraqueza humana, que perdoe a nossa teimosia, que perdoe a triste cegueira que o pecado ainda nos causa.
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Thiago A. Borges de Azevedo
Domingo, 07 / 02 / 2016
Blog Cavaleiros da Santa Mãe Igreja.
06/02. Mc 6,30-34: “ESTAVAM COMO OVELHAS SEM PASTOR.”
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Deus nos coloca uns perto dos outros para que nos ajudemos. Há pessoas das quais, pela função delas, de modo especial, se espera esse cuidado com os mais frágeis. A imagem de ‘ovelhas sem pastor’ indica que alguém deveria estar lá cuidando delas, mas está negligenciando sua missão. Nada exclui também que as pessoas não se deixem ajudar, sendo ovelhas rebeldes. A Palavra de hoje mostra Jesus e os apóstolos se desdobrando para atenderem as pessoas. Diante dessa Palavra, somos chamados a verificar de quanto do nosso tempo estamos dispostos a abrir mão para dedicá-lo a alguém. Sinto, como Jesus, compaixão pelas pessoas sofridas? Realmente, não dá para amarmos as pessoas sem que assumamos uma parcela de chateação, de “perda” de tempo e de uma possível dose de ingratidão. O que fazer? Onde mais se precisa de amor é onde ele está ausente. A força dos fortes só tem algum sentido se ela estiver a serviço da fragilidade dos frágeis. Vamos ficar atentos para cuidar das pessoas com palavras e atitudes. Não está excluído que, um dia, sejamos nós a precisar deste cuidado.
Pe. José Otácio Guedes (Fonte)
Sacerdote da Arquidiocese de Niterói (RJ)
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Deus nos coloca uns perto dos outros para que nos ajudemos. Há pessoas das quais, pela função delas, de modo especial, se espera esse cuidado com os mais frágeis. A imagem de ‘ovelhas sem pastor’ indica que alguém deveria estar lá cuidando delas, mas está negligenciando sua missão. Nada exclui também que as pessoas não se deixem ajudar, sendo ovelhas rebeldes. A Palavra de hoje mostra Jesus e os apóstolos se desdobrando para atenderem as pessoas. Diante dessa Palavra, somos chamados a verificar de quanto do nosso tempo estamos dispostos a abrir mão para dedicá-lo a alguém. Sinto, como Jesus, compaixão pelas pessoas sofridas? Realmente, não dá para amarmos as pessoas sem que assumamos uma parcela de chateação, de “perda” de tempo e de uma possível dose de ingratidão. O que fazer? Onde mais se precisa de amor é onde ele está ausente. A força dos fortes só tem algum sentido se ela estiver a serviço da fragilidade dos frágeis. Vamos ficar atentos para cuidar das pessoas com palavras e atitudes. Não está excluído que, um dia, sejamos nós a precisar deste cuidado.
Pe. José Otácio Guedes (Fonte)
Sacerdote da Arquidiocese de Niterói (RJ)
quarta-feira, 9 de dezembro de 2015
Aprendendo um pouco mais sobre a Liturgia e suas Normas:
A Instrução Geral do Missal Romano no número 160:
“O sacerdote pega depois na patena ou na píxide e aproxima-se dos comungantes, que habitualmente se aproximam em procissão. Não é permitido que os próprios fiéis tomem, por si mesmos, o pão consagrado nem o cálice sagrado, e menos ainda que o passem entre si, de mão em mão. (…) "
104: “Não se permita ao comungante molhar por si mesmo a hóstia no cálice, nem receber na mão a hóstia molhada".
O Concílio de Trento também é bastante claro ao dizer que:
"Na recepção sacramental foi sempre costume na Igreja de Deus que os leigos recebessem a comunhão dos sacerdotes e que os sacerdotes celebrantes comungassem por si mesmos, um costume que, provindo de tradição apostólica, se deve com razão e direito conservar." (DH 1648)
Redemptionis Sacramentum:
2. A distribuição da Sagrada Comunhão
[90.] «Os fiéis comunguem de joelhos ou de pé, de acordo com o que estabelece a Conferência de Bispos», com a confirmação da Sé apostólica.
(NOTA do Blog: Vemos aqui que um Bispo para proibir a sagrada Comunhão de Joelhos ou de pé, precisa ter aprovação da Santa Sé)!
[92.] Todo fiel tem sempre direito a escolher se deseja receber a sagrada Comunhão na boca[178] ou se, o que vai comungar, quer receber na mão o Sacramento. Nos lugares aonde Conferência de Bispos o haja permitido, com a confirmação da Sé apostólica, deve-se lhe administrar a sagrada hóstia. Sem dúvida, ponha-se especial cuidado em que o comungante consuma imediatamente a hóstia, na frente do ministro, e ninguém se desloque (retorne) tendo na mão as espécies eucarísticas. Se existe perigo de profanação, não se distribua aos fiéis a Comunhão na mão.[179]
[91.] ... Por conseguinte, qualquer batizado católico, a quem o direito não o proíba, deve ser admitido à sagrada Comunhão. Assim pois, não é lícito negar a sagrada Comunhão a um fiel, por exemplo, só pelo fato de querer receber a Eucaristia ajoelhado ou de pé.
[94.] Não está permitido que os fiéis tomem a hóstia consagrada nem o cálice sagrado «por si mesmos, nem muito menos que se passem entre si de mão em mão».[181] Nesta matéria, Além disso, deve-se suprimir o abuso de que os esposos, na Missa nupcial, administrem-se de modo recíproco a sagrada Comunhão.
3. As outras partes da Missa
[59.] Cesse a prática reprovável de que sacerdotes, ou diáconos, ou mesmo os fiéis leigos, modificam e variem, à seu próprio arbítrio, aqui ou ali, os textos da sagrada Liturgia que eles pronunciam. Quando fazem isto, trazem instabilidade à celebração da sagrada Liturgia e não raramente adulteram o sentido autêntico da Liturgia.
[73.] Na celebração da santa Missa, a fração do pão eucarístico é realizada somente pelo sacerdote celebrante, ajudado, se é o caso, pelo diácono ou por um concelebrante, mas jamais por um leigo; inicia-se esta fração do pão depois de dar a paz, enquanto se fala o «Cordeiro de Deus». O gesto da fração do pão, «realizada por Cristo na Última Ceia, que no tempo apostólico deu nome a toda a ação eucarística, significa que os fiéis, sendo muitos, formam um só corpo pela Comunhão de um só pão de vida, que o Cristo morto e ressuscitado para a salvação do mundo (1 Cor 10, 17)».[153] Por isto, se deve realizar o rito com grande respeito.[154] Sem dúvida, deve ser breve. O abuso, encontrado em alguns lugares, de prolongar sem necessidade este rito, inclusive com a ajuda de leigos, contraria às normas, ou atribui uma importância exagerada, devendo ser corrigido com grande urgência.[155]
[77.] A celebração da santa Missa, de nenhum modo, pode ser inserida como parte integrante de uma ceia comum, nem se unir com qualquer tipo de banquete. Não se celebre a Missa, a não ser por grave necessidade, sobre uma mesa de refeição[159], ou num refeitório, ou num lugar que será utilizado para uma festa, nem em qualquer sala onde hajam alimentos, nem os participantes na Missa se sentem à mesa, durante a celebração. Se, por uma grave necessidade, deva-se celebrar a Missa no mesmo lugar onde depois será a refeição, deve-se mediar um espaço suficiente de tempo entre a conclusão da Missa e o início da refeição, sem que se exibam aos fiéis, durante a celebração da Missa, alimentos ordinários.
[78.] Não está permitido relacionar a celebração da Missa com acontecimentos políticos ou mundanos, ou com outros elementos que não concordem plenamente com o Magistério da Igreja Católica. Além disso, se deve evitar totalmente a celebração da Missa pelo simples desejo de ostentação ou celebrá-la de acordo com o estilo de outras cerimônias, especialmente profanas, para que a Eucaristia não se esvazie de seu significado autêntico.
[79.] Por último, o abuso de introduzir ritos tomados de outras religiões na celebração da santa Missa, contrários ao que se prescreve nos livros litúrgicos, devem ser julgar com grande severidade.
CAPÍTULO IV
A SAGRADA COMUNHÃO
1. As Disposições para receber a Sagrada Comunhão
[85.] Os ministros católicos administrem licitamente os sacramentos, só aos fiéis católicos, os quais, igualmente, só recebam licitamente de ministros católicos, salvo quando se prescreve nos cânon 844 §§ 2, 3 e 4, e no cânon 861 § 2.[166] Além disso, as condições estabelecidas pelo cânon 844 § 4, das que nada se pode anular,[167] são inseparáveis entre si; visto que é necessário que sempre sejam exigidas simultaneamente.
(Cânons citados:
Cân. 844 — § 1. Os ministros católicos só administram licitamente os sacramentos aos fiéis católicos, os quais de igual modo somente os recebem licitamente dos ministros católicos, salvo o preceituado nos §§ 2, 3 e 4 deste cânon e do cân. 861, § 2.
§ 2. Todas as vezes que a necessidade o exigir ou a verdadeira utilidade espiritual o aconselhar, e desde que se evite o perigo de erro ou de indiferentismo, os fiéis a quem seja física ou moralmente impossível recorrer a um ministro católico, podem licitamente receber os sacramentos da penitência, Eucaristia e unção dos doentes dos ministros não católicos, em cuja Igreja existam aqueles sacramentos válidos.
§ 3. Os ministros católicos administram licitamente os sacramentos da penitência, Eucaristia e unção dos doentes aos membros das Igrejas orientais que não estão em comunhão plena com a Igreja católica, se eles os pedirem espontaneamente e estiverem devidamente dispostos; o mesmo se diga com respeito aos membros de outras Igrejas, que, a juízo da Sé Apostólica, no concernente aos sacramentos, se encontram nas mesmas condições que as Igrejas orientais referidas.
Cân. 861 — § 1. O ministro ordinário do baptismo é o Bispo, o presbítero e o diácono, sem prejuízo do prescrito no cân. 530, n.º 1.
§ 2. Na ausência ou impedimento do ministro ordinário, baptiza licitamente o catequista ou outra pessoa para tal designada pelo Ordinário do lugar, e mesmo, em caso de necessidade, qualquer pessoa movida de intenção recta; os pastores de almas, em especial o pároco, sejam solícitos em que os fiéis aprendam o modo correcto de baptizar.
Cân. 530 — Ao pároco são confiadas do modo especial as funções seguintes:
1.° a administração do baptismo;)
CAPÍTULO VIII
AS CORREÇÕES
[169.] Quando se comete um abuso na celebração da sagrada Liturgia, verdadeiramente se realiza uma falsificação da liturgia católica. Tem escrito Santo Tomás: «incorre no vício de falsidade quem, da parte da Igreja, oferece o culto a Deus, contrariamente à forma estabelecida pela autoridade divina da Igreja e seu costume».[278]
[170.] Para que se dê uma solução a este tipo de abusos, o «que mais urge é a formação bíblica e litúrgica do povo de Deus, pastores e fiéis»,[279] de modo que a fé e a disciplina da Igreja, no que se referir à sagrada Liturgia, sejam apresentadas e compreendidas retamente. Sem dúvida, de onde os abusos persistam, deve-se proceder na tutela do patrimônio espiritual e dos direitos da Igreja, conforme às normas do direito, recorrendo a todos os meios legítimos.
[...]
1. Graviora delicta
[172.] Os graviora delicta (atos graves) contra a santidade do sacratíssimo Sacramento e Sacrifício da Eucaristia e os sacramentos, são tratados de acordo com as «Normas sobre os graviora delicta, reservados à Congregação para a Doutrina da Fé»,[280] isto é:
a) roubar o reter com fins sacrílegos, ou jogar fora as espécies consagradas;[281]
b) atentar à realização da liturgia do Sacrifício eucarístico ou sua simulação;[282]
c) concelebração proibida do Sacrifício eucarístico juntamente com ministros de Comunidades eclesiais que não tenham sucessão apostólica, nem reconhecida dignidade sacramental da ordenação sacerdotal;[283]
d) consagração com fim sacrílego de uma matéria sem a outra, na celebração eucarística, ou também de ambas, fora da celebração eucarística.[284]
6. Queixas por abusos em matéria litúrgica
[183.] De forma muito especial, todos procurem, de acordo com seus meios, que o santíssimo sacramento da Eucaristia seja defendido de toda irreverência e deformação, e todos os abusos sejam completamente corrigidos. Isto, portanto, é uma tarefa gravíssima para todos e cada um, excluída toda acepção de pessoas, todos estão obrigados a cumprir esta trabalho.
[184.] Qualquer católico, seja sacerdote, seja diácono, seja fiel leigo, tem direito a expor uma queixa por um abuso litúrgico, ante ao Bispo diocesano e ao Ordinário competente que se lhe equipara em direito, ante à Sé apostólica, em virtude do primado do Romano Pontífice.[290] Convém, sem dúvida, que, na medida do possível, a reclamação ou queixa seja exposta primeiro ao Bispo diocesano. Para isso se faça sempre com veracidade e caridade.
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A frase "Por Cristo, com Cristo, em Cristo, a vós, Deus Pai todo-poderoso, na unidade do Espírito Santo, toda a honra e toda a glória, agora e para sempre" faz parte da doxologia final, que, por sua vez, é a última parte da Oração Eucarística.
Esta doxologia final da missa, na forma como a conhecemos, é utilizada aproximadamente desde o século VII, em toda a cristandade do Ocidente.
Estas palavras são próprias, única e exclusivamente, do padre (ou bispo) que celebra a missa, e dos sacerdotes concelebrantes. O povo participa dela dizendo “Amém” no final.
“A doxologia final, pela qual se expressa a glorificação de Deus, (…) é afirmada e concluída com a aclamação ‘Amém’ do povo” (IGMR, 79, h).
O Rito da paz:
“Senhor Jesus Cristo, dissestes aos vossos Apóstolos: Eu vos deixo a paz, eu vos dou a minha paz. Não olheis os nossos pecados, mas a fé que anima a vossa Igreja; dai-lhe, segundo o vosso desejo, a paz e a unidade. Vós, que sois Deus, com o Pai e o Espírito Santo.”
O povo com o sacerdote ou somente o sacerdote?
Bom, teremos de fazer uma pequena "apologética" do IGMR para chegar a uma conclusão do correto sem que haja duvidas, vejamos:
IGMR 153. Terminada a oração dominical, o sacerdote, de braços abertos, diz sozinho o embolismo Livrai-nos de todo o mal, Senhor (Libera nos…). No fim o povo aclama: Vosso é o reino (Quia tuum est regnum).
IGMR 154. Em seguida, o sacerdote, de braços abertos, diz em voz alta a oração Senhor Jesus Cristo, que dissestes (Domine Iesu Christe, qui dixisti); uma vez terminada, o sacerdote, abrindo e juntando as mãos, anuncia a paz, voltado para o povo, dizendo: A paz do Senhor esteja sempre convosco (Pax Domini sit semper vobiscum); e o povo responde: O amor de Cristo nos uniu (Et cum spiritu tuo). Logo a seguir, se parecer oportuno, acrescenta: Saudai-vos na paz de Cristo (Offerte vobis pacem).
[...]
IGMR 157. Terminada esta oração, o sacerdote genuflecte, toma a hóstia, levanta-a um pouco sobre a patena ou sobre o cálice e, voltado para o povo, diz: Felizes os convidados (Ecce Agnus Dei); e, juntamente com o povo, acrescenta uma só vez: Senhor, eu não sou digno (Domine, non sum dignus).
Como podemos ver, o IGMR é bem claro ao explicar quando é o sacerdote quem diz, quando é o povo quem responde e quando é o povo que juntamente com o sacerdote reza. Assim, fica claro que a oração da Paz(Senhor Jesus Cristo, que dissestes...) é feita somente pelo sacerdote, não há duvidas quanto a isto, já que o IGMR não deixa essas questões vagas em momento algum. Basta analisarmos como são detalhados cda parte do Rito da Missa neste documento da Santa Sé, a Instrução Geral do Missal Romano.
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Documentos recomendados para estudo mais aprofundado:
Instrução Geral do Missal Romano (Site do Pe. Demétrio Gomes, Arq. de Niterói): http:// www.presbiteros.com.br/ site/ instrucao-geral-do-missal-r omano-2002-portugues/
Catecismo da Igreja Católica (Site do Vaticano): http://www.vatican.va/ archive/compendium_ccc/ documents/ archive_2005_compendium-ccc _po.html
Código de Direito Canônico (Site do Vaticano): http://www.vatican.va/ archive/cod-iuris-canonici/ portuguese/ codex-iuris-canonici_po.pdf
Redemptionis Sacramentum (Site do Vaticano): http://www.vatican.va/ roman_curia/congregations/ ccdds/documents/ rc_con_ccdds_doc_20040423_r edemptionis-sacramentum_po .html
Estudem, aqui foi apenas uma amostra incompleta, parte de uma grande riqueza que é a Doutrina Católica, riqueza esta que todos devem estudar profundamente.
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Blog Amigos Católicos Evangelizadores
Autor: Thiago A. Borges de Azevedo
Auxiliar de pesquisa: Aline Carvalho Costa dos Santos
Para Citar:
BORGES, Thiago Alves. COSTA, Aline Carvalho. Aprendendo um pouco mais sobre Liturgia e suas Normas. <http:// amigos-catolicos-evangeliza dores.blogspot.com/2015/ 12/ aprendendo-um-pouco-mais-so bre-liturgia.html> Desde 09/12/2015
A Instrução Geral do Missal Romano no número 160:
“O sacerdote pega depois na patena ou na píxide e aproxima-se dos comungantes, que habitualmente se aproximam em procissão. Não é permitido que os próprios fiéis tomem, por si mesmos, o pão consagrado nem o cálice sagrado, e menos ainda que o passem entre si, de mão em mão. (…) "
104: “Não se permita ao comungante molhar por si mesmo a hóstia no cálice, nem receber na mão a hóstia molhada".
O Concílio de Trento também é bastante claro ao dizer que:
"Na recepção sacramental foi sempre costume na Igreja de Deus que os leigos recebessem a comunhão dos sacerdotes e que os sacerdotes celebrantes comungassem por si mesmos, um costume que, provindo de tradição apostólica, se deve com razão e direito conservar." (DH 1648)
Redemptionis Sacramentum:
2. A distribuição da Sagrada Comunhão
[90.] «Os fiéis comunguem de joelhos ou de pé, de acordo com o que estabelece a Conferência de Bispos», com a confirmação da Sé apostólica.
(NOTA do Blog: Vemos aqui que um Bispo para proibir a sagrada Comunhão de Joelhos ou de pé, precisa ter aprovação da Santa Sé)!
[92.] Todo fiel tem sempre direito a escolher se deseja receber a sagrada Comunhão na boca[178] ou se, o que vai comungar, quer receber na mão o Sacramento. Nos lugares aonde Conferência de Bispos o haja permitido, com a confirmação da Sé apostólica, deve-se lhe administrar a sagrada hóstia. Sem dúvida, ponha-se especial cuidado em que o comungante consuma imediatamente a hóstia, na frente do ministro, e ninguém se desloque (retorne) tendo na mão as espécies eucarísticas. Se existe perigo de profanação, não se distribua aos fiéis a Comunhão na mão.[179]
[91.] ... Por conseguinte, qualquer batizado católico, a quem o direito não o proíba, deve ser admitido à sagrada Comunhão. Assim pois, não é lícito negar a sagrada Comunhão a um fiel, por exemplo, só pelo fato de querer receber a Eucaristia ajoelhado ou de pé.
[94.] Não está permitido que os fiéis tomem a hóstia consagrada nem o cálice sagrado «por si mesmos, nem muito menos que se passem entre si de mão em mão».[181] Nesta matéria, Além disso, deve-se suprimir o abuso de que os esposos, na Missa nupcial, administrem-se de modo recíproco a sagrada Comunhão.
3. As outras partes da Missa
[59.] Cesse a prática reprovável de que sacerdotes, ou diáconos, ou mesmo os fiéis leigos, modificam e variem, à seu próprio arbítrio, aqui ou ali, os textos da sagrada Liturgia que eles pronunciam. Quando fazem isto, trazem instabilidade à celebração da sagrada Liturgia e não raramente adulteram o sentido autêntico da Liturgia.
[73.] Na celebração da santa Missa, a fração do pão eucarístico é realizada somente pelo sacerdote celebrante, ajudado, se é o caso, pelo diácono ou por um concelebrante, mas jamais por um leigo; inicia-se esta fração do pão depois de dar a paz, enquanto se fala o «Cordeiro de Deus». O gesto da fração do pão, «realizada por Cristo na Última Ceia, que no tempo apostólico deu nome a toda a ação eucarística, significa que os fiéis, sendo muitos, formam um só corpo pela Comunhão de um só pão de vida, que o Cristo morto e ressuscitado para a salvação do mundo (1 Cor 10, 17)».[153] Por isto, se deve realizar o rito com grande respeito.[154] Sem dúvida, deve ser breve. O abuso, encontrado em alguns lugares, de prolongar sem necessidade este rito, inclusive com a ajuda de leigos, contraria às normas, ou atribui uma importância exagerada, devendo ser corrigido com grande urgência.[155]
[77.] A celebração da santa Missa, de nenhum modo, pode ser inserida como parte integrante de uma ceia comum, nem se unir com qualquer tipo de banquete. Não se celebre a Missa, a não ser por grave necessidade, sobre uma mesa de refeição[159], ou num refeitório, ou num lugar que será utilizado para uma festa, nem em qualquer sala onde hajam alimentos, nem os participantes na Missa se sentem à mesa, durante a celebração. Se, por uma grave necessidade, deva-se celebrar a Missa no mesmo lugar onde depois será a refeição, deve-se mediar um espaço suficiente de tempo entre a conclusão da Missa e o início da refeição, sem que se exibam aos fiéis, durante a celebração da Missa, alimentos ordinários.
[78.] Não está permitido relacionar a celebração da Missa com acontecimentos políticos ou mundanos, ou com outros elementos que não concordem plenamente com o Magistério da Igreja Católica. Além disso, se deve evitar totalmente a celebração da Missa pelo simples desejo de ostentação ou celebrá-la de acordo com o estilo de outras cerimônias, especialmente profanas, para que a Eucaristia não se esvazie de seu significado autêntico.
[79.] Por último, o abuso de introduzir ritos tomados de outras religiões na celebração da santa Missa, contrários ao que se prescreve nos livros litúrgicos, devem ser julgar com grande severidade.
CAPÍTULO IV
A SAGRADA COMUNHÃO
1. As Disposições para receber a Sagrada Comunhão
[85.] Os ministros católicos administrem licitamente os sacramentos, só aos fiéis católicos, os quais, igualmente, só recebam licitamente de ministros católicos, salvo quando se prescreve nos cânon 844 §§ 2, 3 e 4, e no cânon 861 § 2.[166] Além disso, as condições estabelecidas pelo cânon 844 § 4, das que nada se pode anular,[167] são inseparáveis entre si; visto que é necessário que sempre sejam exigidas simultaneamente.
(Cânons citados:
Cân. 844 — § 1. Os ministros católicos só administram licitamente os sacramentos aos fiéis católicos, os quais de igual modo somente os recebem licitamente dos ministros católicos, salvo o preceituado nos §§ 2, 3 e 4 deste cânon e do cân. 861, § 2.
§ 2. Todas as vezes que a necessidade o exigir ou a verdadeira utilidade espiritual o aconselhar, e desde que se evite o perigo de erro ou de indiferentismo, os fiéis a quem seja física ou moralmente impossível recorrer a um ministro católico, podem licitamente receber os sacramentos da penitência, Eucaristia e unção dos doentes dos ministros não católicos, em cuja Igreja existam aqueles sacramentos válidos.
§ 3. Os ministros católicos administram licitamente os sacramentos da penitência, Eucaristia e unção dos doentes aos membros das Igrejas orientais que não estão em comunhão plena com a Igreja católica, se eles os pedirem espontaneamente e estiverem devidamente dispostos; o mesmo se diga com respeito aos membros de outras Igrejas, que, a juízo da Sé Apostólica, no concernente aos sacramentos, se encontram nas mesmas condições que as Igrejas orientais referidas.
Cân. 861 — § 1. O ministro ordinário do baptismo é o Bispo, o presbítero e o diácono, sem prejuízo do prescrito no cân. 530, n.º 1.
§ 2. Na ausência ou impedimento do ministro ordinário, baptiza licitamente o catequista ou outra pessoa para tal designada pelo Ordinário do lugar, e mesmo, em caso de necessidade, qualquer pessoa movida de intenção recta; os pastores de almas, em especial o pároco, sejam solícitos em que os fiéis aprendam o modo correcto de baptizar.
Cân. 530 — Ao pároco são confiadas do modo especial as funções seguintes:
1.° a administração do baptismo;)
CAPÍTULO VIII
AS CORREÇÕES
[169.] Quando se comete um abuso na celebração da sagrada Liturgia, verdadeiramente se realiza uma falsificação da liturgia católica. Tem escrito Santo Tomás: «incorre no vício de falsidade quem, da parte da Igreja, oferece o culto a Deus, contrariamente à forma estabelecida pela autoridade divina da Igreja e seu costume».[278]
[170.] Para que se dê uma solução a este tipo de abusos, o «que mais urge é a formação bíblica e litúrgica do povo de Deus, pastores e fiéis»,[279] de modo que a fé e a disciplina da Igreja, no que se referir à sagrada Liturgia, sejam apresentadas e compreendidas retamente. Sem dúvida, de onde os abusos persistam, deve-se proceder na tutela do patrimônio espiritual e dos direitos da Igreja, conforme às normas do direito, recorrendo a todos os meios legítimos.
[...]
1. Graviora delicta
[172.] Os graviora delicta (atos graves) contra a santidade do sacratíssimo Sacramento e Sacrifício da Eucaristia e os sacramentos, são tratados de acordo com as «Normas sobre os graviora delicta, reservados à Congregação para a Doutrina da Fé»,[280] isto é:
a) roubar o reter com fins sacrílegos, ou jogar fora as espécies consagradas;[281]
b) atentar à realização da liturgia do Sacrifício eucarístico ou sua simulação;[282]
c) concelebração proibida do Sacrifício eucarístico juntamente com ministros de Comunidades eclesiais que não tenham sucessão apostólica, nem reconhecida dignidade sacramental da ordenação sacerdotal;[283]
d) consagração com fim sacrílego de uma matéria sem a outra, na celebração eucarística, ou também de ambas, fora da celebração eucarística.[284]
6. Queixas por abusos em matéria litúrgica
[183.] De forma muito especial, todos procurem, de acordo com seus meios, que o santíssimo sacramento da Eucaristia seja defendido de toda irreverência e deformação, e todos os abusos sejam completamente corrigidos. Isto, portanto, é uma tarefa gravíssima para todos e cada um, excluída toda acepção de pessoas, todos estão obrigados a cumprir esta trabalho.
[184.] Qualquer católico, seja sacerdote, seja diácono, seja fiel leigo, tem direito a expor uma queixa por um abuso litúrgico, ante ao Bispo diocesano e ao Ordinário competente que se lhe equipara em direito, ante à Sé apostólica, em virtude do primado do Romano Pontífice.[290] Convém, sem dúvida, que, na medida do possível, a reclamação ou queixa seja exposta primeiro ao Bispo diocesano. Para isso se faça sempre com veracidade e caridade.
__________________________
A frase "Por Cristo, com Cristo, em Cristo, a vós, Deus Pai todo-poderoso, na unidade do Espírito Santo, toda a honra e toda a glória, agora e para sempre" faz parte da doxologia final, que, por sua vez, é a última parte da Oração Eucarística.
Esta doxologia final da missa, na forma como a conhecemos, é utilizada aproximadamente desde o século VII, em toda a cristandade do Ocidente.
Estas palavras são próprias, única e exclusivamente, do padre (ou bispo) que celebra a missa, e dos sacerdotes concelebrantes. O povo participa dela dizendo “Amém” no final.
“A doxologia final, pela qual se expressa a glorificação de Deus, (…) é afirmada e concluída com a aclamação ‘Amém’ do povo” (IGMR, 79, h).
O Rito da paz:
“Senhor Jesus Cristo, dissestes aos vossos Apóstolos: Eu vos deixo a paz, eu vos dou a minha paz. Não olheis os nossos pecados, mas a fé que anima a vossa Igreja; dai-lhe, segundo o vosso desejo, a paz e a unidade. Vós, que sois Deus, com o Pai e o Espírito Santo.”
O povo com o sacerdote ou somente o sacerdote?
Bom, teremos de fazer uma pequena "apologética" do IGMR para chegar a uma conclusão do correto sem que haja duvidas, vejamos:
IGMR 153. Terminada a oração dominical, o sacerdote, de braços abertos, diz sozinho o embolismo Livrai-nos de todo o mal, Senhor (Libera nos…). No fim o povo aclama: Vosso é o reino (Quia tuum est regnum).
IGMR 154. Em seguida, o sacerdote, de braços abertos, diz em voz alta a oração Senhor Jesus Cristo, que dissestes (Domine Iesu Christe, qui dixisti); uma vez terminada, o sacerdote, abrindo e juntando as mãos, anuncia a paz, voltado para o povo, dizendo: A paz do Senhor esteja sempre convosco (Pax Domini sit semper vobiscum); e o povo responde: O amor de Cristo nos uniu (Et cum spiritu tuo). Logo a seguir, se parecer oportuno, acrescenta: Saudai-vos na paz de Cristo (Offerte vobis pacem).
[...]
IGMR 157. Terminada esta oração, o sacerdote genuflecte, toma a hóstia, levanta-a um pouco sobre a patena ou sobre o cálice e, voltado para o povo, diz: Felizes os convidados (Ecce Agnus Dei); e, juntamente com o povo, acrescenta uma só vez: Senhor, eu não sou digno (Domine, non sum dignus).
Como podemos ver, o IGMR é bem claro ao explicar quando é o sacerdote quem diz, quando é o povo quem responde e quando é o povo que juntamente com o sacerdote reza. Assim, fica claro que a oração da Paz(Senhor Jesus Cristo, que dissestes...) é feita somente pelo sacerdote, não há duvidas quanto a isto, já que o IGMR não deixa essas questões vagas em momento algum. Basta analisarmos como são detalhados cda parte do Rito da Missa neste documento da Santa Sé, a Instrução Geral do Missal Romano.
__________________________
Documentos recomendados para estudo mais aprofundado:
Instrução Geral do Missal Romano (Site do Pe. Demétrio Gomes, Arq. de Niterói): http://
Catecismo da Igreja Católica (Site do Vaticano): http://www.vatican.va/
Código de Direito Canônico (Site do Vaticano): http://www.vatican.va/
Redemptionis Sacramentum (Site do Vaticano): http://www.vatican.va/
Estudem, aqui foi apenas uma amostra incompleta, parte de uma grande riqueza que é a Doutrina Católica, riqueza esta que todos devem estudar profundamente.
__________________________
Blog Amigos Católicos Evangelizadores
Autor: Thiago A. Borges de Azevedo
Auxiliar de pesquisa: Aline Carvalho Costa dos Santos
Para Citar:
BORGES, Thiago Alves. COSTA, Aline Carvalho. Aprendendo um pouco mais sobre Liturgia e suas Normas. <http://
Maria é Mãe de Deus
Se
perguntarmos a alguém se ele e filho de sua mãe, se esta
verdadeiramente for a mãe dele, de certo nos lançará um olhar de
espanto. E teria razão. O homem como sabemos é composto de corpo, alma e
espírito. A minha mãe me deu meu corpo, a parte material deste conjunto
trinitário que eu sou; sendo minha alma e espírito dados por Deus. E
minha mãe que me deu a luz não é verdadeiramente minha mãe?
Apliquemos, agora, estas
noções de bom senso ao caso da Maternidade divina de Nossa Senhora. Há
em Nosso Senhor Jesus Cristo duas naturezas: a humana e a divina,
constituindo uma só pessoa, a pessoa de Jesus. Nossa Santa Mãe é mãe
desta pessoa, dando a ela somente a parte material, como nosso mãe
também o faz. O Espírito e Alma de Cristo também vieram de Deus. Nossa
mãe não é mãe do nosso corpo, mas mãe de nossa pessoa. Assim também
Maria é Mãe de Cristo. Ela não é a Mae da Divindade ou da Trindade, mas é
mãe de Cristo a segunda pessoa da Santíssima Trindade, que também é
Deus. Sendo Jesus Deus, Maria é Mãe de Deus.
Basta um pequeno
raciocínio para reconhecer como necessária a maternidade Divina da
Santíssima Virgem. Nosso Senhor morreu como homem na Cruz (pois Deus não
morre), mas nos redimiu como Deus, pelos seus méritos infinitos. Ora, a
natureza humana de Nosso Senhor e a natureza divina não podem ser
separadas, pois a Redenção não existiria se Nosso Senhor tivesse morrido
apenas como homem. Logo, Nossa Santa Mãe, Mãe de Nosso Senhor, mesmo
não sendo mãe da divindade é Mãe de Deus, pois Nosso Senhor é Deus. Se
negarmos a maternidade de Nossa Senhora, negaremos a redenção do gênero
humano.
A negação da Maternidade divina de Nossa Senhora é uma negação à Verdade, uma negação ao ensino dos Apóstolos de Cristo.
Provas da Sagrada Escritura
A Igreja Católica sendo a
única Igreja Fundada por Cristo, confirmada pelos Apóstolos e seus
legítimos sucessores; sendo Ela a escritora, legitimadora e guardiã da
Bíblia, jamais poderia ensinar algo que estivesse contra o Ensino da
Bíblia.
Vejamos o que a Sagrada Escritura ensina sobre a Maternidade Divina de Nossa Senhora:
- O profeta Isaías escreveu: "Portanto, o mesmo Senhor vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel [Deus conosco]." (Is 7,14). Claramente o profeta declara que o filho da virgem será divino, portanto a maternidade da virgem também é divina, o que a faz ser Mãe de Deus.
- O Arcanjo Gabriel disse: "O Santo que há de nascer de ti será chamado Filho de Deus" (Lc 1,35). Se ele é filho de Deus, ele tb é Deus e Maria é sua Mãe, portanto Mãe de Deus. Isaías também escreveu o mesmo em Is 7,14.
- Cheia do Espírito Santo, Santa Izabel saudou Maria dizendo: "Donde a mim esta dita de que a mãe do meu Senhor venha ter comigo"? (Lc 1,43) E Mãe de meu Senhor quer dizer Mãe do meu Deus, portanto Mãe de Deus..
- São Paulo ainda escreveu: "Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei." (Gl. 4,4). São Paulo claramente afirma que uma mulher foi a Mãe do filho de Deus, portanto Mãe de Deus.
Tendo a Sagrada
Escritura seu berço na Igreja - portanto sendo menor que Ela - , vemos
como está de acordo com o ensino da mesma.
A negação da Maternidade
divina de Nossa Senhora é uma negação à Verdade, é negar a Divindade de
Cristo, é negar o ensino dos Apóstolos de Cristo.
O Concílio Ecumênico de Éfeso
Quando o heresiarca Ario
divulgou o seu erro, negando a divindade da pessoa de Jesus Cristo, a
Providência Divina fez aparecer o intrépido Santo Atanásio para
confundí-lo, assim como fez surgir Santo Agostinho para suplantar o
herege Pelágio, e São Cirilo de Alexandria para refutar os erros de
Nestório, que haviam semeado a pertubação e a indignação no Oriente.
Em 430, o Papa São
Celestino I, num concílio de Roma, examinou a doutrina de Nestório que
lhe fora apresentada por São Cirilo e condenou-a anti-católica,
herética.
São Cirilo formulou a
condenação em doze proposições, chamadas os doze anátemas, em que
resumia toda a doutrina católica a este respeito.
Pode-se resumi-la em três pontos:
- Em Jesus Cristo, o Filho do homem não é pessoalmente distinto do Filho de Deus;
- A Virgem Santíssima é verdadeiramente a Mãe de Deus, por ser a Mãe de Jesus Crito, que é Deus;
- Em virtude da união hipostática, há comunicações de idiomas, isto é; denominações, propriedades e ações das duas naturazas em Jesus Cristo, que podem ser atribuidas à sua pessoa, de modo que se pode dizer: Deus morreu por nós, Deus salvou o mundo, Deus ressuscitou.
Para exterminar
completamente o erro, e restringir a unidade de doutrina ao mundo, o
Papa resolveu reunir o Concílio de Éfeso (na Ásia Menor), em 431,
convidando todos os bispos do mundo.
Perto de 200 bispos,
vindos de todas as partes do orbe, reuniram-se em Éfeso. São Cirilo
presidiu a assembléia em nome do Papa. Nestório recusou comparecer
perante aos bispos unidos.
Desde a primeira sessão a
heresia foi condenada. Sobre um trono, no centro da assembléia, os
bispos colocaram o Santo Evangelho, para representar a assistência de
Jesus Cristo, que prometera estar com a sua Igreja até a consumação dos
séculos, espetáculo santo e imponente que desde então foi adotado em
todos os concílios.
Os bispos cercando o
Evangelho e o representante do Papa, pronunciaram unânime e
simultaneamente a definição proclamando que Maria é verdadeiramente Mãe
de Deus. Nestório deixou de ser, desde então, bispo de Constantinopla.
Quando a multidão
anciosa que rodeava a Igreja de Santa Maria Maior, onde se reunia o
concílio, soube da definição que proclamava Maria Mãe de Deus, num
imenso brado ecoou a exclamação: "Viva Maria, Mãe de Deus! Foi vencido o
inimigo da Virgem! Viva a grande, a augusta, a gloriosa Mãe de Deus!"
Em memória desta solene definição, o concílio juntou à saudação angélica estas palavras simples e expressivas: "Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte".
Fonte:http://www.veritatis.com.br/apologetica/maria-santissima/529-santa-maria-mae-de-deus
terça-feira, 8 de dezembro de 2015
O texto de Êxodo 20 , versículo 40,que os protestantes geralmente
fazem referencia é claro no Hebraico פֶ֣֙סֶל֙׀ (Exo 20,4 )'( idol ), a
palavra usada é ÍDOLO. Como se verifica no Grego, eidōlon , IDOLO. É uma
IMAGEM DE DEUS FALSO. e não um εἰκών, (eikon, imagem), Existe uma
diferença conceitual CLARA entre Icone, imagem, e Idolo, representação
de um DEUS FALSO. Por exemplo, sua foto de Perfil, é um Eikon, se a sua
foto de perfil fosse a do Orixá (deus) OGUM do candomblé, seria
um IDOLO, ou seja a representação de um DEUS FALSO. Percebe a diferença
conceitual entre uma coisa e outra ??? E isso se aplica Biblicamente. O
próprio DEUS em Numeros 21,8 , manda fazer um EIKON ! Uma imagem de
serpente em Bronze. Isso significa que DEUS sabe a diferença entre Ícone
e ídolo, as traduções enviesadas da bíblia, a polêmica iconoclasta dos
protestantes, e os militantes protestantes da web é que não sabem essa
diferença.
Apol. Demetrius Rodrigues
Solenidade da Imaculada Conceição
Dom Henrique Soares da Costa
“Com grande alegria rejubilo-me no Senhor, e minha alma exultará no meu Deus, pois me revestiu de justiça, como a noiva ornada de suas jóias” (Is 61,10)
– Estas palavras do Profeta Isaías, com toda razão a Igreja as coloca hoje na boca da Virgem Maria. De fato, estes dizeres exprimem bem o mistério da Festa de hoje, a Imaculada Conceição da Toda Santa Mãe de Deus.
Hoje, caríssimos, no ventre da velha Ana foi concebida a Virgem Maria. Que há de maravilhoso nisso? Dizem as antigas fontes cristãs que Ana era já idosa e estéril como Sara, a esposa de nosso pai Abraão, como Isabel, a esposa do velho Zacarias. Pois bem, idosa e estéril, também Ana gerou no seu ventre uma filha! É obra de Deus: onde não há vida Ele faz a vida brotar; onde já não há mais futuro, Ele faz o futuro acontecer!
Bendito seja o Nome do Senhor, Autor da vida, Senhor que nos abre a porta da esperança!
Mas, o mistério da Festa de hoje, a alegria da Igreja neste dia, é por um acontecimento ainda maior, um mistério ainda mais admirável!
Eis a surpresa, eis a obra estupenda do nosso Deus: esta filhinha concebida hoje no ventre da velha Ana, desde o primeiro momento de sua conceição, foi preservada por Deus de todo vínculo do pecado que pesa sobre a nossa raça.O salmista diz: “Minha mãe já concebeu-me pecador!” (Sl 50/51,7). Estas palavras não se aplicam à Virgem Maria!
Desde o primeiro instante de nossa existência, todos somos marcados pela quebradura provocada pelo pecado de nossos antepassados... Não assim a Virgem Maria! Ela, desde o primeiro instante de sua existência, por pura graça de Deus, foi preservada do pecado original. O mesmo Deus que “antes da fundação do mundo nos escolheu em Cristo para que fôssemos santos e irrepreensíveis sob Seu olhar, no amor”, o mesmo Senhor Santo que “nos predestinou para sermos Seus filhos adotivos por intermédio de Jesus Cristo, conforme a decisão de Sua vontade”, Ele mesmo, por causa do Filho Jesus e pelos méritos do Filho Jesus, o “Cordeiro sem defeitos e sem mácula, conhecido antes da fundação do mundo” (1Pd 1,19s), predestinou e preservou de toda mancha do pecado a Virgem Maria, futura mãe escolhida para o Seu Filho!
Assim, desde o primeiro momento de sua existência, a Virgem Maria foi revestida da justiça de Deus, foi justificada em Jesus Cristo, foi ornada de santidade como uma noiva ornada com suas jóias pelo Noivo divino! Por isso mesmo, a liturgia da Igreja coloca na boca da Virgem Santíssima as palavras do salmo 29: “Eu Vos exalto, ó Senhor, pois me livrastes e não deixastes rir de mim meus inimigos!”. Com efeito, caríssimos, a todos nós o Senhor arrancou da lama do pecado pela graça da sua Páscoa. Mas, à Virgem Maria, Ele sequer deixou que a lama do pecado nela tocasse! Por isso, o Arcanjo Gabriel a saúda como “Toda Agraciada”, por isso também, a própria Virgem exulta dizendo: “Todas as gerações me chamarão bem-aventurada porque o Todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor!” (Lc 1,48)
Meus caros em Cristo, hoje nós estamos reunidos em torno do Altar sagrado para proclamar todas essas grandes coisas que o Senhor realizou em nosso favor na vida da Virgem Maria!
É tão belo, tão significativo, agora que estamos cheios de santa ansiedade na preparação para o próximo Natal do Senhor, celebrar a Conceição Imaculada da Virgem Maria.
Ela já aparece como a doce Aurora do Dia da Salvação.
A sua Imaculada Conceição, o dom imenso da sua vitória sobre o pecado já prenuncia Aquele que, vindo dela, esmagará a cabeça da antiga Serpente, do inimigo da nossa raça!
É por causa do Salvador, por causa Daquele que tira o pecado do mundo, que a Virgem foi preservada do pecado. Deus, “a fim de preparar para o Seu Filho mãe que fosse digna Dele, preservou Nossa Senhora da mancha original, enriquecendo-a com a plenitude da Sua graça. Puríssima, na verdade, devia ser a Virgem que nos daria o Salvador, o Cordeiro sem mancha que tira os nossos pecados!”
Caríssimos, vivemos atualmente num mundo em que o pecado parece ter mais força que nunca! Nossa civilização cada vez mais vai voltando as costas para a luz do Cristo: descrença, humana soberba, impiedade, imoralidade, orgulho, violência, materialismo, consumismo, egoísmo, falta de solidariedade e compaixão, desrespeito pela vida humana e pelas leis de Deus – eis as marcas da nossa cultura, mais e mais transformada em “cultura de morte”.
E, no entanto, não temos o direito de perder a esperança! A Festa deste hoje nos mostra e nos faz experimentar na solene Liturgia o quanto o Cristo vence a treva do pecado, vence os laços da antiga Serpente, vence as marcas da morte!
A Imaculada Conceição de Maria é Aurora que nos garante que jamais as trevas vencerão o Cristo que, saído do ventre da Virgem, brilhou como luz para o mundo!
Como afirmava Santo Efrém, o grande doutor da Igreja síria, Maria é o “santuário imaculado no qual Deus habitou. Maria gerou Deus, que enche o mundo de bênção e trouxe a Vida ao mundo!”
Por isso mesmo, diz o santo Doutor que “é grande o mistério da Virgem puríssima e supera toda língua, pois ela acolheu no seu seio o Rio da Vida que com as Suas águas irrigou o mundo e vivificou todos os mortos!”
Meus caros, o cristão não deve ser um iludido! Sabemos que os sinais de treva, de dor, de pecado com todas as suas tristes consequências marcam ainda o nosso tempo e até mesmo o nosso coração.
Mas, sabemos também que o Deus nascido da Virgem é o mesmo que vence o pecado e a morte, o mesmo em Quem já experimentamos a graça da salvação, o mesmo em Quem nos sabemos mais que vencedores!
Voltemo-nos, então, para aquela que hoje foi concebida sem pecado e, do fundo de nossa humana miséria, clamemos, com as intensas palavras da Liturgia oriental:
Bendita Mãe de Deus, abre-nos a porta da tua benevolência!
Não fique desiludida a nossa confiança, que espera em ti!
Livra-nos das nossas adversidades!
Tu és a salvação do gênero humano!
É tão grande o número dos meus pecados, ó Mãe de Deus!
A ti recorro, ó Imaculada, a procura de salvação!
Consola a minha alma desolada e pede ao teu Filho nosso Deus, que me conceda o perdão dos meus pecados, ó única Imaculada, única bendita!
Deposito em ti toda a minha esperança, ó Mãe da Luz!
Acolhe-me sob a tua proteção!”
Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós!
Dom Henrique Soares da Costa
“Com grande alegria rejubilo-me no Senhor, e minha alma exultará no meu Deus, pois me revestiu de justiça, como a noiva ornada de suas jóias” (Is 61,10)
– Estas palavras do Profeta Isaías, com toda razão a Igreja as coloca hoje na boca da Virgem Maria. De fato, estes dizeres exprimem bem o mistério da Festa de hoje, a Imaculada Conceição da Toda Santa Mãe de Deus.
Hoje, caríssimos, no ventre da velha Ana foi concebida a Virgem Maria. Que há de maravilhoso nisso? Dizem as antigas fontes cristãs que Ana era já idosa e estéril como Sara, a esposa de nosso pai Abraão, como Isabel, a esposa do velho Zacarias. Pois bem, idosa e estéril, também Ana gerou no seu ventre uma filha! É obra de Deus: onde não há vida Ele faz a vida brotar; onde já não há mais futuro, Ele faz o futuro acontecer!
Bendito seja o Nome do Senhor, Autor da vida, Senhor que nos abre a porta da esperança!
Mas, o mistério da Festa de hoje, a alegria da Igreja neste dia, é por um acontecimento ainda maior, um mistério ainda mais admirável!
Eis a surpresa, eis a obra estupenda do nosso Deus: esta filhinha concebida hoje no ventre da velha Ana, desde o primeiro momento de sua conceição, foi preservada por Deus de todo vínculo do pecado que pesa sobre a nossa raça.O salmista diz: “Minha mãe já concebeu-me pecador!” (Sl 50/51,7). Estas palavras não se aplicam à Virgem Maria!
Desde o primeiro instante de nossa existência, todos somos marcados pela quebradura provocada pelo pecado de nossos antepassados... Não assim a Virgem Maria! Ela, desde o primeiro instante de sua existência, por pura graça de Deus, foi preservada do pecado original. O mesmo Deus que “antes da fundação do mundo nos escolheu em Cristo para que fôssemos santos e irrepreensíveis sob Seu olhar, no amor”, o mesmo Senhor Santo que “nos predestinou para sermos Seus filhos adotivos por intermédio de Jesus Cristo, conforme a decisão de Sua vontade”, Ele mesmo, por causa do Filho Jesus e pelos méritos do Filho Jesus, o “Cordeiro sem defeitos e sem mácula, conhecido antes da fundação do mundo” (1Pd 1,19s), predestinou e preservou de toda mancha do pecado a Virgem Maria, futura mãe escolhida para o Seu Filho!
Assim, desde o primeiro momento de sua existência, a Virgem Maria foi revestida da justiça de Deus, foi justificada em Jesus Cristo, foi ornada de santidade como uma noiva ornada com suas jóias pelo Noivo divino! Por isso mesmo, a liturgia da Igreja coloca na boca da Virgem Santíssima as palavras do salmo 29: “Eu Vos exalto, ó Senhor, pois me livrastes e não deixastes rir de mim meus inimigos!”. Com efeito, caríssimos, a todos nós o Senhor arrancou da lama do pecado pela graça da sua Páscoa. Mas, à Virgem Maria, Ele sequer deixou que a lama do pecado nela tocasse! Por isso, o Arcanjo Gabriel a saúda como “Toda Agraciada”, por isso também, a própria Virgem exulta dizendo: “Todas as gerações me chamarão bem-aventurada porque o Todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor!” (Lc 1,48)
Meus caros em Cristo, hoje nós estamos reunidos em torno do Altar sagrado para proclamar todas essas grandes coisas que o Senhor realizou em nosso favor na vida da Virgem Maria!
É tão belo, tão significativo, agora que estamos cheios de santa ansiedade na preparação para o próximo Natal do Senhor, celebrar a Conceição Imaculada da Virgem Maria.
Ela já aparece como a doce Aurora do Dia da Salvação.
A sua Imaculada Conceição, o dom imenso da sua vitória sobre o pecado já prenuncia Aquele que, vindo dela, esmagará a cabeça da antiga Serpente, do inimigo da nossa raça!
É por causa do Salvador, por causa Daquele que tira o pecado do mundo, que a Virgem foi preservada do pecado. Deus, “a fim de preparar para o Seu Filho mãe que fosse digna Dele, preservou Nossa Senhora da mancha original, enriquecendo-a com a plenitude da Sua graça. Puríssima, na verdade, devia ser a Virgem que nos daria o Salvador, o Cordeiro sem mancha que tira os nossos pecados!”
Caríssimos, vivemos atualmente num mundo em que o pecado parece ter mais força que nunca! Nossa civilização cada vez mais vai voltando as costas para a luz do Cristo: descrença, humana soberba, impiedade, imoralidade, orgulho, violência, materialismo, consumismo, egoísmo, falta de solidariedade e compaixão, desrespeito pela vida humana e pelas leis de Deus – eis as marcas da nossa cultura, mais e mais transformada em “cultura de morte”.
E, no entanto, não temos o direito de perder a esperança! A Festa deste hoje nos mostra e nos faz experimentar na solene Liturgia o quanto o Cristo vence a treva do pecado, vence os laços da antiga Serpente, vence as marcas da morte!
A Imaculada Conceição de Maria é Aurora que nos garante que jamais as trevas vencerão o Cristo que, saído do ventre da Virgem, brilhou como luz para o mundo!
Como afirmava Santo Efrém, o grande doutor da Igreja síria, Maria é o “santuário imaculado no qual Deus habitou. Maria gerou Deus, que enche o mundo de bênção e trouxe a Vida ao mundo!”
Por isso mesmo, diz o santo Doutor que “é grande o mistério da Virgem puríssima e supera toda língua, pois ela acolheu no seu seio o Rio da Vida que com as Suas águas irrigou o mundo e vivificou todos os mortos!”
Meus caros, o cristão não deve ser um iludido! Sabemos que os sinais de treva, de dor, de pecado com todas as suas tristes consequências marcam ainda o nosso tempo e até mesmo o nosso coração.
Mas, sabemos também que o Deus nascido da Virgem é o mesmo que vence o pecado e a morte, o mesmo em Quem já experimentamos a graça da salvação, o mesmo em Quem nos sabemos mais que vencedores!
Voltemo-nos, então, para aquela que hoje foi concebida sem pecado e, do fundo de nossa humana miséria, clamemos, com as intensas palavras da Liturgia oriental:
Bendita Mãe de Deus, abre-nos a porta da tua benevolência!
Não fique desiludida a nossa confiança, que espera em ti!
Livra-nos das nossas adversidades!
Tu és a salvação do gênero humano!
É tão grande o número dos meus pecados, ó Mãe de Deus!
A ti recorro, ó Imaculada, a procura de salvação!
Consola a minha alma desolada e pede ao teu Filho nosso Deus, que me conceda o perdão dos meus pecados, ó única Imaculada, única bendita!
Deposito em ti toda a minha esperança, ó Mãe da Luz!
Acolhe-me sob a tua proteção!”
Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós!
segunda-feira, 7 de dezembro de 2015
Afinal, o que é o pecado contra o Espírito Santo?
“Com espírito contrito, submetam (os fiéis) seus pecados à Igreja no sacramento da Penitência” (Vaticano II, Presbyterorum Ordinis, 5).
Em primeiro lugar, dois esclarecimentos:
1. Não é o padre quem perdoa os pecados, e sim Deus, mediante a absolvição do ministro ordenado: bispo ou presbítero.
2. Todos os pecados têm o perdão de Deus,
menos um: o pecado contra o Espírito Santo. “Por isso, eu vos digo:
todo pecado e toda blasfêmia serão perdoados aos homens, mas a blasfêmia
contra o Espírito não lhes será perdoada” (Mateus 12, 31). O único
pecado que Deus não perdoa é a blasfêmia contra o Espírito santo.
Em que consiste esse pecado?
A blasfêmia não acontece somente com
palavras, mas também (e sobretudo) com atos. Quem blasfema? Quem não se
sente necessitado de Deus, quem não se sente pecador ou se considera sem
pecado; é um fechar-se ao convite de Deus à conversão, endurecer o
coração a tal ponto, que a pessoa não tem interesse algum por Deus.
É pecado endurecer o coração e dizer a Deus, por exemplo: “Deus não me interessa; estou bem sem Ele; não preciso dEle”.
É pecado considerar que Deus não pode perdoar, ou que Seu perdão possa ser negado na confissão. Ou seja, é o pecado pelo qual o homem se nega livre e conscientemente ao perdão e à misericórdia de Deus.
Diante desta circunstância, o que Deus pode fazer? Nada. Só pode deixar que a pessoa morra em seu pecado.
Onde Deus não pode agir, Deus não tem
nada a fazer, não tem nada a perdoar, e então não perdoa nada. Porque a
pessoa não quer Seu perdão. E Deus respeita isso.
A Bíblia nos dá mais luz sobre o tema:
“Quem oculta seus pecados não prosperará, mas quem os confessa e se
afasta deles alcançará misericórdia” (Provérbios 28, 13).
Fonte: Grupo de Oraçáo São José.
Por PE. HENRY VARGAS HOLGUÍN – Editado por Ecclesia Miltans
Por PE. HENRY VARGAS HOLGUÍN – Editado por Ecclesia Miltans
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