segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Apologética Católica: A Igreja somos nós?
Autor: Thiago A. Borges de Azevedo
___________________________________________

Leiamos São Mateus 18,15-18:

15. Se teu irmão tiver pecado contra ti, vai e repreende-o entre ti e ele somente; se te ouvir, terás ganho teu irmão.
16. Se não te escutar, toma contigo uma ou duas pessoas, a fim de que toda a questão se resolva pela decisão de duas ou três testemunhas.
17. Se recusa ouvi-los, dize-o à Igreja. E se recusar ouvir também a Igreja, seja ele para ti como um pagão e um publicano.
18. Em verdade vos digo: tudo o que ligardes sobre a terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes sobre a terra será também desligado no céu.

Aqui encontramos quatro realidades objetivas a se analisar:

1. O irmão que peca contra ti.
2. Você que vai repreende-lo primeiro.
3. As testemunhas que você arranjará na segunda tentativa de repreender o pecador.
4. A Igreja que entrará na questão se nem você nem as testemunhas conseguirem reverter a situação.

Vamos tentar entender de novo, acho que não é tão difícil assim perceber que Cristo, nesta passagem se refere as pessoas e a Igreja como sendo duas realidades claramente distintas:

15. Se teu irmão tiver pecado contra ti, vai e repreende-o ... = Você.
16. Se não te escutar, toma contigo uma ou duas pessoas ... = As testemunhas.
17. Se recusa ouvi-los, dize-o à Igreja. ... = Igreja: A que tem a palavra final.

Mas, segundo a lógica protestante que diz «a Igreja somos nós», já não seriam a Igreja as duas testemunhas e o primeiro indivíduo(o injustiçado)? Já não teriam eles autoridade de igreja se cada pessoa é uma igreja de Cristo? Não! Do contrário, por que chamar a Igreja? Que Igreja? De novo: Não são eles a Igreja? Esta passagem deixa bem clara a importância da Igreja instituída por Cristo.

Nós somos a Igreja enquanto membros dela, enquanto Igreja com a Igreja, pensando com a Igreja, obedecendo a Igreja e vivendo segundo a vontade de Deus que quis essa Igreja, que edificou essa Igreja para a nossa Salvação. Então, de novo: Nós somos a Igreja? Sim e não: Sim, enquanto Igreja na Igreja, enquanto membros unidos a Este Corpo que é o Corpo de Cristo. Não, se deixamos Este Corpo de Cristo que é a Igreja, deixamos de ser membros, deixamos de ser Igreja com a Igreja, passamos a ser separados, decepados deste Corpo. E a Igreja continua sendo a Igreja de Cristo a espera do nosso arrependimento e retorno.

Observemos também que nessa mesma passagem lemos que, se esgotadas todas as tentativas de trazer de volta para a verdade aquele que está no erro e na mentira, se aquele que está no erro «se recusar ouvir também a IGREJA, seja ele para ti como um pagão e um publicano».

- Duas realidades aqui: A Igreja e ti(você).

Finalizando: Cristo era um louco? Não! Não teria como ele fazer uma confusão desta mandando chamar a IGREJA, se as pessoas ali presentes já eram a Igreja. Se cada pessoa é uma igreja de Cristo sem precisar estar unido a uma Igreja visível instituída por Ele mesmo, não haveria porque além das testemunhas mandar chamar uma Igreja. Aliás, de novo: Se a «a Igreja somos nós», que Igreja é essa que não somos nós e que Cristo afirma que devemos chamar para resolver a questão? Nós Católicos sabemos a resposta, pena que os protestantes não veem.

«Um homem Cristão é Católico enquanto vive no corpo; decepado deste, torna-se um herege. O Espírito não segue um membro amputado.» (Santo Agostinho).

___________________________________________
Segunda-feira, 08 / 02 / 2016.
Blog Cavaleiros da Santa Mãe Igreja.

Nenhum comentário:

Postar um comentário