quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Afinal, podemos nos tornar santos? Que quer dizer ser santo?
Por: Klemer Ferreira (09/ 02/ 2016)
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Não só podemos nos tornar santos como devemos ser santos, "pois Deus não nos chamou para a impureza, mas para a santidade." (1Ts 4,7). Ser santo significa consagrado, e uma vez que fomos consagrados, salvos em esperança pela graça de Deus através do batismo que nos insere na Igreja e na vida sacramental, esse é o nosso objetivo. Sermos santos, exemplos vivos e agentes da ação benevolente de Deus, para alcançarmos a vida beatífica que nos prometeu Cristo. "Na casa de meu Pai há muitas moradas. Não fora assim, e eu vos teria dito; pois vou preparar-vos um lugar." (Jo 14,2). O céu é o nosso último termo. Que fazer então para alcançá-lo? Jesus nos responde no colóquio com o jovem rico, ao dizer que se quisesse entrar na vida que observasse os mandamentos. (Mt 19,16-19). Mas basta observar os mandamentos? Jesus novamente responde, não em contraposição ao que o jovem rico fazia de bom, pois que observava os mandamentos desde a infância, mas algo lhe impedia na prática perfeita: o apego aos bens terrenos. E em resposta ao seu questionamento, diz Jesus: "Se queres ser perfeito, vai, vende teus bens, dá-os aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me!" (Mt 19,21). Um tesouro no céu, é a promessa de Cristo para aqueles que observam e praticam, sem reservas, a vontade de Deus. 


A vida cristã é uma vida de renúncias (Mt 10,38; 16,24; Mc 8,34; Lc 9,23; 14,27), mas conforta-nos a graça de Deus (2Cor 1,3-6; 12, 9-10). 

Esforcemo-nos por fazer a vontade daquele que por um único ato de justiça fez com que recebêssemos a justificação que dá a vida, a vida divina da qual nos tornamos participantes, por meio da graça do Espírito Santo, que nos foi merecida pela paixão de Cristo e nos foi dada no batismo. 

Mas o que é o batismo? O Catecismo da Igreja Católica assim o define: 

1213. O santo Baptismo é o fundamento de toda a vida cristã, o pórtico da vida no Espírito («vitae spiritualis ianua – porta da vida espiritual») e a porta que dá acesso aos outros sacramentos. Pelo Baptismo somos libertos do pecado e regenerados como filhos de Deus: tornamo-nos membros de Cristo e somos incorporados na Igreja e tornados participantes na sua missão (4). «Baptismos est sacramentam regeneratiorais per aquam in Verbo – O Baptismo pode definir-se como o sacramento da regeneração pela água e pela Palavra» (5). 

Já faz parte do inconsciente comum de muitos de nós a ideia de que ser santo significa exatamente ser canonizado e ter a glória dos altares, o que na verdade é uma possibilidade. Quem dera pudéssemos nós, e podemos, com a graça de Deus, praticar durante toda a vida, em grau heróico, todas as virtudes cristãs, a tal ponto disto acontecer conosco, como testemunho de Cristo para glória de Deus, edificação da Igreja e salvação das almas. Mesmo que não venhamos a ganhar no fim da vida o reconhecimento canônico e a glória dos altares, nosso objetivo primordial como cristãos conscientes e santificados sempre será este, independente se formos reconhecidos ou não. Há santos que só Deus sabe o nome, já dizia o Papa Bento XVI. 

Sermos santos, é este o propósito de Deus para nossas vidas (Lv 19,2; 20,26; 1Ts 4,3-4; 4-7), que O busquemos realmente e O atinjamos, amando-O de todo o nosso coração, de toda a nossa alma e com todas as nossas forças, procurando sempre fazer a sua vontade. Porque sem santidade, jamais poderemos contemplar a face de Deus (Hb 12,14). E porque assim Deus o quer, sejamos santos como Ele, é esta a exigência máxima de Cristo. "Portanto, sede perfeitos, assim como vosso Pai celeste é perfeito." (Mt 5,48) 

Salve Maria Imaculada!
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