quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

11/02. Lc 9,22-25: “SE ALGUÉM QUER ME SEGUIR, RENUNCIE A SI MESMO”. 
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O cristianismo não propõe a anulação de si mesmo; é sempre a comunhão que é pretendida: nós com Deus. Mesmo quando desejamos que Cristo seja formado em nós, isso não tem nada a ver com aniquilamento. O que Deus criou em nós deverá sempre ser valorizado; também a nossa história deve ser valorizada. Nossas fragilidades são matéria prima para a obra de Deus. O pecado dos nossos primeiros pais consiste em não querer receber como dom o fruto da vida, quiseram agarrá-lo; afinal de contas a árvore estava ali, no meio do jardim, ao alcance da mão! Eis a raiz de todo pecado: querer dar vida a si mesmo, o “faça por si mesmo”. Renunciar a si mesmo é abrir mão da autossuficiência, de querer dar vida a si mesmo, de querer agarrá-la. Essa renúncia de si acontece na obediência a Deus. Neste tempo de quaresma a grande penitência é a renúncia de fazer a nossa vontade. A vontade de Deus sempre aponta para fora de nós, para o amor ao próximo, para dar a vida em favor dos frágeis, como Jesus.

Padre José Otacio Oliveira Guedes
Sacerdote da Arquidiocese de Niterói (RJ).

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